São Paulo, sábado, 24 de julho de 2010

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Mercado vê redução de preços de celulose de Suzano e Fibria

Duas canadenses vão cortar preços devido à demanda menor

DA REUTERS

Após duas produtoras canadenses de celulose decidirem reduzir seus preços a partir de 1º de agosto, cresce a expectativa de que as brasileiras Fibria e Suzano também adotem a estratégia.
Anteontem, a Canfor Pulp afirmou que reduziria em US$ 30 por tonelada os seus preços, para US$ 990, citando a queda no consumo de celulose na China.
O mesmo aconteceu com a West Fraser Timber, que afirmou que reduziria preços no terceiro trimestre.
Procurada, a Suzano afirmou que não vai reduzir preços em 1º de agosto, enquanto a Fibria disse que não poderia se pronunciar por estar em período de silêncio.
A empresa vai divulgar resultados no dia 13 de agosto.
Hoje, os valores por toneladas para as duas empresas brasileiras está em US$ 950 para América do Norte, US$ 920 para a Europa e US$ 850 para a China.
Para as duas primeiras regiões houve seis aumentos consecutivos, enquanto para a Ásia foram cinco os reajustes de preço.
"Apesar da nossa visão estruturalmente altista no setor de celulose, estamos cautelosos sobre o setor nos próximos 12 meses", diz em relatório a analista do J.P. Morgan, Debbie Bobovnikova.
Para ela, o anúncio das produtoras canadenses deve marcar o início de uma correção nos preços.
Para o analista do setor de papel e celulose da Link Investimentos, Leonardo Alves, a tendência para os preços da celulose é de recuo. "Mas, mesmo assim, os preços deverão continuar em patamares altos. A equação entre oferta e demanda deve continuar ainda boa para os produtores", afirma.
Entretanto, o analista da Link afirma que não vê preços abaixo de US$ 800 para a celulose. "Isso vai manter um ótimo preço para as produtoras brasileiras.


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