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Brasil e China devem fabricar biocombustíveis na África
Produção deve ser voltada inteiramente para o mercado do país asiático
Diretor do Itamaraty afirma que ainda não
há definição sobre o país e o projeto que
será instalado na África
DO RIO
O Brasil prepara parceria
com a China para fabricar
biocombustíveis na África, a
exemplo do que já faz com os
Estados Unidos e a Europa.
A produção deve ser totalmente voltada para o mercado chinês, afirma o diretor do
departamento de energia do
Ministério das Relações Exteriores, André Lago.
"As conversas já foram iniciadas. O Brasil sabe das responsabilidades em relação à
África e tem procurado chamar outros países para desenvolver o continente", afirmou à Folha, após participar
do seminário Mudanças Climáticas e Tecnologias Inovadoras para Energia, promovido pela Coope/UFRJ.
A China pretende dobrar,
nos próximos anos, a geração das chamadas novas
energias, como biocombustíveis, solar e eólica.
Com o projeto da África, a
China pretende emitir créditos de carbono para compensar a emissão de gases, cada
vez maior diante do forte
avanço da terceira maior economia global em 2009.
Lago disse que ainda não
há definição sobre o país e
qual projeto será instalado
na África.
O ministro Samuel Pinheiro Guimarães (Secretaria de
Assuntos Estratégicos) disse
considerar a China um dos
principais parceiros do país
pelo fato de ser um dos maiores produtores de ciência e
tecnologia do mundo.
Ele ressaltou que o Brasil
vem desenvolvendo parcerias no setor energético com
diversos países.
"Eles têm preocupação
grande, têm emissões importantes de gases por causa da
utilização do carvão. Temos
possibilidade de cooperação
muito grande com outros
países, inclusive com a China", observou.
(CIRILO JUNIOR)
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