São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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Bradesco lança seguro residencial para favela no Rio

Instituição começou a vender o produto em caráter experimental no morro Dona Marta

FÁBIA PRATES
DO RIO

De olho no potencial de consumo das famílias de baixa renda, o grupo Bradesco Seguros lançou ontem o Bradesco Bilhete Residencial Estou Seguro, o primeiro destinado, exclusivamente, a moradores de favelas no Brasil.
O produto, que deve ser levado a mais comunidades pobres do país, passou a ser vendido como experiência no morro Dona Marta.
Localizada em Botafogo, zona Sul, a favela é famosa por ter recebido a visita do ídolo pop Michael Jackson e por ter sido a primeira pacificada por uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Para estimular as classes D e E a contratar o produto, a seguradora criou condições especiais e uma cartilha com esclarecimentos sobre o que é o seguro residencial e quais são seus benefícios.
O pacote básico -cobre queda de raio, incêndio e explosões, por exemplo- custa R$ 9,90 por ano para uma cobertura de R$ 10 mil.
Na hora da contratação, a seguradora ouve do cliente a declaração do valor do imóvel e dos bens de consumo, e dispensa a inspeção para verificar a veracidade.
Numa contratação convencional, a inspeção é obrigatória e o preço mínimo é de R$ 65 anuais para uma cobertura de R$ 40 mil.
Marco Antonio Gonçalves, diretor-gerente do Bradesco Seguros, diz que uma pesquisa feita no morro -que tem 1.300 moradias, quase 5.000 moradores e 2.300 pessoas ocupadas, afirma ele- mostrou o interesse das famílias em alternativas para proteger o patrimônio, mas não fez estimativa de venda.
"Queremos popularizar o acesso ao seguro", disse. Segundo ele, 13% das 65 milhões de residências brasileiras são seguradas. As apólices estão concentradas nas mãos das classes A e B (76%) e C (24%). A estimativa é que, em cinco anos, o número de segurados dobre, e as classes D e E entrem no grupo.
O produto do grupo Bradesco Seguros faz parte do projeto de educação financeira Estou Seguro, criado em dezembro do ano passado a partir de convênio entre a CNSeg (associação nacional de seguros) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho).


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