São Paulo, sábado, 24 de setembro de 2011

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Abeiva libera associados para acionar Justiça

DE SÃO PAULO

A direção da Abeiva (associação das empresas importadoras de veículos) liberou ontem seus associados para propor ações individuais na Justiça contestando o decreto do governo que aumentou em 30 pontos percentuais o IPI para carros importados.
Até então, a orientação da diretoria era evitar os processos e tentar, no diálogo, convencer o governo a alterar a medida. O principal objetivo era ampliar o prazo -de 45 dias para 90 dias- dado às empresas para que se adaptem à nova realidade tributária.
A Chery, porém, não seguiu a orientação e obteve na Justiça o reconhecimento da inconstitucionalidade da medida, passando a ter 90 dias para adotar as regras. A situação gerou mal-estar na associação.
Oficialmente, a direção da Abeiva nega o conflito.
A liberação foi decidida ontem à tarde após uma reunião na sede da associação. A Abeiva é formada por 25 importadoras de veículos, entre elas a KIA, JAC, Chery, BMW, Audi, Land Rover e Suzuki.
O presidente da Abeiva e também da KIA no Brasil, José Luis Gandini, era o que mais defendia o diálogo com o governo. Porém, ontem, liberou as ações judiciais e não decidiu por ação coletiva.
Antes de tomar a medida, a direção da associação alertou que o governo pode recorrer e ganhar o direito de fazer a cobrança do imposto de forma retroativa. Assim, as empresas registrariam uma perda significativa de recursos.
A Folha apurou que o maior volume de ações na Justiça deve chegar por meio de pequenos importadores, principalmente aqueles que trazem carros de luxo. (VBF)


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