São Paulo, sábado, 24 de setembro de 2011

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Greve dos Correios reforça procura por serviços privados

Dispara o volume de encomendas para empresas que fazem entregas expressas, como TNT, Gollog e Azul

Na Azul Cargo, procura aumenta, em média, 60%; Gollog amplia rede de lojas e constrói terminal em Guarulhos

CIRILO JUNIOR

DE SÃO PAULO

Enquanto a greve dos Correios prejudica grande parte dos brasileiros, empresas que atuam no segmento de entregas expressas aumentam o faturamento durante a paralisação.
O volume de encomendas transportadas pela Azul Cargo, braço de logística da aérea Azul, cresceu 60% desde a semana passada, quando parte dos funcionários dos Correios cruzou os braços.
Embora não tenha fechado dados relativos ao volume dos últimos dias, a TNT Express registrou forte incremento nas consultas. Os atendimentos no call center da empresa aumentaram 150% desde a semana passada.
"São clientes querendo saber sobre preços, prazos. E identificamos uma expansão no despacho de encomendas para o exterior", afirma Carlos Ienne, diretor da divisão express da empresa no Brasil.
A TNT trabalha com encomendas maiores, ao contrário da Azul e da Gollog, cujo número de encomendas cresceu 47% desde o início da paralisação. Empresa de logística da Gol, a companhia vem investindo cada vez mais no segmento de cargas expressas, que engloba pequenas encomendas.
O serviço passou a ser feito pela Gollog a partir de 2009. No fim daquele ano, representava 7% do total transportado pela empresa.
Hoje, a entrega de cargas expressas de pequeno porte já significa 23% do total, e a perspectiva é de mais expansão.
"Acho que dá para chegar a uns 40% do total que a Gollog transporta", afirma o diretor de cargas da Gol, Carlos Figueiredo.
Grande parte desse crescimento está baseado na disseminação do comércio eletrônico, que utiliza as entregas expressas.
A Gollog faz 55 mil entregas mensais. As encomendas são transportadas nos 115 aviões que compõem a frota da Gol.
Para atender a essa demanda, a Gollog vem abrindo cada vez mais lojas.
A rede atual conta com 107 unidades, e, até o final do ano, esse número deve chegar a 130.
"Oferecemos diversos serviços e preços extremamente competitivos", afirma Figueiredo.
A empresa está finalizando ainda a construção de um novo terminal no aeroporto de Guarulhos, que deverá movimentar 55 milhões de toneladas por ano.
Em 2011, a Gollog prevê transportar 92 mil toneladas.


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