São Paulo, sábado, 24 de setembro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Volume de crédito agrícola alternativo vai a R$ 25 bi

As boas perspectivas de produção e de preços agrícolas neste ano permitem a ampliação do sistema de financiamento da agricultura fora dos canais tradicionais.
No fim de agosto, o valor dos títulos abertos somavam US$ 25 bilhões, 78% mais do que em 2010. Os títulos mais comuns são os LCAs, papéis emitidos por bancos e lastreados em recebíveis de produtores, como as CPRs (Cédulas de Produto Rural).
Outro papel que tem boa aceitação é o CDCA (Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio), título de emissão exclusiva de cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas jurídicas que exerçam atividades ligadas à agricultura.
O diretor de commodities da BM&FBovespa, Ivan Wedekin, diz que esse é um setor que deve crescer muito, principalmente pelas vantagens que dá aos investidores.
As negociações de LCA não pagam IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e as pessoas físicas também estão isentas do Imposto de Renda.
Segundo Wedekin, após a assinatura de convênio com o Banco do Brasil para fomentar a expansão do mercado de títulos do agronegócio no país, em março, o estoque desses títulos já alcançava R$ 4,3 bilhões na BM&FBovespa no final de agosto, 21% do sistema total do país.

ESTOQUES
Os estoques de LCAs na Cetip, principal depositária de títulos privados de renda fixa e importante câmara de ativos privados do país, subiram para R$ 15,7 bilhões em agosto, 47% mais do que em igual período do ano passado.
Os estoques totais de títulos do agronegócio atingiram R$ 20 bilhões na entidade, 46% mais do que há um ano. O melhor desempenho no setor fica para as LCAs, segundo Ricardo Magalhães, gerente de produtos da entidade. As CDCAs somavam R$ 1,5 bilhão no fim de agosto.

Pé no freio Queda do preço nas usinas e menor consumo nos postos de abastecimento provocaram o primeiro recuo nos preços do álcool nos postos da cidade de São Paulo.

Quanto cai Pesquisa semanal realizada pela Folha indicou recuo de 1% no álcool hidratado, cujos preços foram para R$ 1,93 por litro. A gasolina está, em média, a R$ 2,73.

Nas usinas Os preços do álcool continuam em queda nas usinas de São Paulo. Pesquisa do Cepea indicou recuo de 2% no valor semanal do hidratado e de 0,6% no do anidro.

Lado cultural 1 Os negócios no mercado futuro agrícola da BM&FBovespa representam somente 0,8% do total do movimento realizado pela Bolsa. A média mundial é de 5,5%.

Lado cultural 2 Ivan Wedekin, diretor de commodities da Bolsa, diz que é uma questão cultural. As empresas fazem pouco hedge. Mas essa participação agrícola deve aumentar, diz ele.

Mais quedas O preço das commodities teve forte queda de novo ontem, principalmente na área de metais. O açúcar registrou uma das principais reduções entre os agrícolas, com 3,2%.

Com KARLA DOMINGUES


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