São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2011

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Mudança nos preços depende de gás do pré-sal

DE SÃO PAULO

O financiamento de estudos com cenários A, B ou C terá peso muito relativo na mudança efetiva da política de preços do gás natural no Brasil.
Há uma chance de o setor industrial ter gás competitivo nos próximos anos, mas isso não terá muita relação com a pressão que está sendo feita.
Até o fim de 2012 é possível que a Petrobras já tenha uma ideia bem calibrada de qual é o volume de gás que será produzido no pré-sal. Essa informação pode mudar a matriz energética e deflagrar a segunda era do gás no Brasil.
A primeira ocorreu quando o gasoduto entre Bolívia e Brasil ficou pronto. A Petrobras tinha uma infraestrutura com capacidade para drenar 30 milhões de metros cúbicos. Precisa ter consumo, e foi quando incentivou com preços baixos a criação do atual mercado no país.
Sem sucesso, a Folha tentou ouvir a Petrobras sobre o pleito da indústria.
Há poucos dias, a diretora de gás e energia da Petrobras, Graça Foster, lembrou que a companhia ainda aguarda a declaração de comercialidade dos campos do pré-sal. Ela indicou que essa informação é capaz de mudar a situação do gás no país.
Hoje, o consumo de gás natural no Brasil é de 47,4 milhões de metros cúbicos por dia, fora a demanda da Petrobras. Mas o atual problema do gás está no risco de outro setor. O elétrico.
A Petrobras tem de garantir o volume de gás para as termelétricas, e tem feito isso com uma política restritiva no que se refere a preços e oferta do insumo por longo prazo.
O fim do contrato com as distribuidoras em 2012 só amplia esse flexibilidade e facilita o atendimento das térmicas quando necessário. (AB)


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