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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Decisão de taxa de juros fica mais difícil BC
Com a piora na crise europeia, analistas começam a
questionar se o Banco Central tomará decisão tão rigorosa quanto se esperava.
O mercado já trabalhava
com a perspectiva de elevação da taxa básica de juros, a
Selic, entre 0,75 ponto percentual e um ponto percentual na próxima reunião do
Copom (Comitê de Política
Monetária) do Banco Central,
no dia 15 de junho.
Com as incertezas acerca
do impacto das turbulências
sobre a atividade no Brasil, a
decisão do BC torna-se mais
delicada. A crise, porém, não
terá o peso do caso Lehman
Brothers, pelo menos pelo
que se deslumbra até agora,
segundo analistas.
Não há sinal de ruptura do
fluxo interbancário, como
ocorreu em 2008.
"A situação de Portugal e
Espanha não parece tão grave quanto a da Grécia", afirma Francisco Pessoa, da LCA
Consultores.
No cenário doméstico, permanecem sinais de pressão
inflacionária. Para Pessoa,
que já estimava aumento de
0,75 ponto percentual, a decisão da autoridade monetária deverá ser nesse patamar.
Alexandre Schwartsman,
economista-chefe do banco
Santander, diz que o BC não
irá mudar a sua trajetória.
"Há uma clara piora do cenário inflacionário, para
2010 e 2011. O BC elevará os
juros em 0,75 ponto percentual e continuará em passos
contínuos e em muitos passos."
NO MEIO
Após mais de 20 anos
na Ernst & Young -12
anos como sócio-, Carlos
Miranda deixa a empresa
para abrir seu próprio negócio, a BR Opportunities,
uma gestora de fundos de
"venture capital".
O primeiro fundo nasce
com capital de R$ 100 milhões e será focado no setor de alimentos e varejo.
Miranda diz que a meta
será atuar numa faixa intermediária, que ele chama de "growth capital",
um estágio entre o "private equity" e o "venture capital". "Há uma faixa de
empresas já com porte razoável e outra muito perto
do estágio inicial. Quero
estar no meio, nas empresas que já têm taxa de
crescimento agressiva,
mas ainda estão na gestão
do empreendedor", diz.
Miranda está formando
um conselho consultivo
que já tem Nizan Guanaes, Rodrigo Teles (Instituto Endeavor) e Jacques
Gelman, da FGV.
Curativo A Abimo (associação das indústrias médico-hospitalares e odontológicas) e a Apex-Brasil assinam nesta semana um
convênio para estimular as
exportações e reduzir o deficit da balança do setor,
atualmente estimado em
US$ 2,7 bilhões.
Remédio A expectativa é que as exportações do
setor alcancem US$ 650 milhões em 2010, alta de 17%
ante o ano passado, segundo a Abimo. Estão previstas
a participação em feiras e
missões empresariais, além
de rodadas de negócios para recepcionar potenciais
compradores no Brasil.
De verde e amarelo
Marcos Quintela, da Y&R,
Sérgio Amado, da Ogilvy
Brasil, e Eduardo Bicudo, da
Wunderman, irão participar
do seminário "Brasil 2014-2016. Potencial de Marketing", organizado por Martin Sorrel, da WPP. O evento, que acontece hoje no Copacabana Palace, no Rio de
Janeiro, irá debater os desafios e oportunidades do
marketing sobre a Copa de
2014 e a Olimpíada de 2016.
Marca As 60 fábricas de
embalagens do Grupo Saint-Gobain no mundo passam a
ter o mesmo nome, inclusive
no Brasil, que responde por
8% do resultado global.
Feminino Na última
semana, subiu para mil o
número de mulheres trabalhando no canteiro de obras
da hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira (RO).
Como pedreiras, carpinteiras, soldadeiras e dinamiteiras, as mulheres agora
representam mais de 9% do
número de funcionários.
Antecipado Após novos estudos, uma segunda
antecipação para o início da
geração de energia da Santo
Antônio foi calculada e o
início da operação pode ser
ainda em dezembro de 2011.
A primeira antecipação reduziu o prazo de dezembro
de 2012 para maio de 2012.
TAJ MAHAL
A brasileira TCI, de tecnologia da informação, fechou contrato neste mês
com a consultoria indiana
The Jai Group.
A companhia quer entrar no mercado indiano
de BPO (Business Process
Outsourcing), que é a terceirização dos processos
alheios ao negócio principal de uma empresa.
"A Índia já é um celeiro
de TI, mas o diferencial é a
tecnologia, que no Brasil é
mais avançada na área de
bancos", diz Roberto Marinho, presidente da TCI.
A meta é encontrar empresas de menor porte na
Índia para fazer aquisições, ou de grande porte
para joint ventures. O faturamento estimado para
este ano é de R$ 300 milhões. Em 2009, a empresa faturou R$ 171 milhões.
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