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FOCO
Milionários de Mônaco lideram temor sobre retomada da economia global
Colin Matthieu/France Presse
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Monte Carlo, em Mônaco, onde o investidor milionário está mais pessimista; Espanha e Irlanda lideram emotimismo
DE SÃO PAULO
Um dos destinos favoritos
dos milionários que buscam
fugir do Imposto de Renda de
seus países, Mônaco também
abriga os investidores mais
preocupados com o cenário
da economia global.
De acordo com pesquisa
feita em 20 países pelo banco
britânico Barclays, pouco
mais da metade dos investidores que têm mais de 1 milhão de libras (cerca de R$ 2,7
milhões) e que moram no
principado afirma acreditar
que a economia mundial vai
piorar nos próximos anos.
Em segundo lugar entre os
mais pessimistas aparecem
os japoneses, com 35% prevendo uma piora no cenário,
seguidos pelos norte-americanos, com 25%.
Do outro lado da pesquisa
(aqueles que acham que a
economia mundial vai crescer nos próximos anos), chama a atenção o fato de Espanha e Irlanda -duas das economias europeias mais afetadas pela crise- estarem entre os líderes do otimismo.
Os milionários espanhóis
são os mais confiantes com a
recuperação global, com
40% apostando na retomada, enquanto os irlandeses
estão em quarto lugar, com
26%, empatados com os indianos. No segundo e no terceiro lugares estão, respectivamente, os investidores de
Qatar e da Arábia Saudita.
Para David Semaya, do
Barclays, "existe uma grande
divergência de opinião em
relação ao que a próxima década vai trazer para a economia mundial. O cenário global para os indivíduos ricos
está fortemente afetado pelas experiências nos mercados financeiros locais".
O estudo mostra ainda que
os milionários latino-americanos estão entre os que mais
sofreram com a crise. Eles só
perdem para os europeus na
hora de avaliar o impacto da
crise na sua fortuna, com
41% dizendo que ela teve um
impacto negativo grande ou
substancial no patrimônio
-ante 46% dos europeus.
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