|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Objetivo é o desenvolvimento sustentável
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para especialistas ouvidos
pela Folha, um conjunto de
fatores explica essa mudança na atitude de ONGs e empresas quando o assunto é
trabalhar juntos na preservação do ambiente.
Um deles é o aumento da
pressão sobre as empresas
em relação aos seus impactos socioambientais, que culminou no movimento de responsabilidade social empresarial e, mais recentemente,
na busca do desenvolvimento sustentável como parte
das estratégias de gestão no
mundo corporativo.
"As empresas se deram
conta de que produtividade e
desenvolvimento precisam
de uma base sustentável para a continuidade e a longevidade de seu próprio negócio,
diz o diretor-executivo da
Conservação Internacional
no Brasil, Fábio Scarano.
As experiências bem-sucedidas de alianças entre empresas e ONGs com foco social, via investimento social
privado, também são consideradas um passo importante nesse movimento de aproximação, na medida em que
reduziu a desconfiança mútua que sempre existiu entre
os dois segmentos.
"Se havia boas experiências para contar na área social, então nos demos conta
de que era preciso rever alguns dos conceitos que geraram essa desconfiança, alguns deles mais apaixonados do que racionais", diz
um ambientalista que prefere não se identificar.
Apesar da velocidade com
que vem ocorrendo, a aproximação entre organizações e
setor empresarial ainda está
distante de contemplar todos
os setores da economia. No
Brasil, a polarização do debate entre ruralistas e ambientalistas é um exemplo.
"Seria mais produtivo que
os ruralistas vissem os ambientalistas como parceiros,
pois o cumprimento de padrões de sustentabilidade está se tornando cada vez mais
uma exigência de mercado",
diz o coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário.
Texto Anterior: Preservação da água ganha maior atenção Próximo Texto: Frases Índice
|