|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fed e Europa levam a dia de queda nas Bolsas
Bovespa terminou em baixa de 1,88% e dólar seguiu abaixo de R$ 1,80
Investidores receberam com apreensão números desanimadores da economia dos EUA e texto do BC do país
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO
A recuperação vacilante
da economia mundial testa a
paciência do investidor. Ainda esperando boas notícias
do front europeu, os mercados receberam mal alguns
números desanimadores da
economia americana.
Nos últimos dias, o setor
imobiliário foi fonte de más
notícias. Ontem, o governo
dos EUA apontou declínio na
demanda por bens duráveis
pela primeira vez neste ano.
Também ganhou força ontem uma leitura mais negativa do comunicado oficial do
Federal Reserve (o banco
central dos EUA) alertando
para a piora das condições de
financiamento da economia.
Apontando para fatores
externos, o texto serviu de
trunfo para a ponta de venda
ser o lado mais influente.
Nos EUA, a Bolsa de Nova
York retrocedeu 1,41%, enquanto a brasileira Bovespa
caiu 1,88% (o segundo pior
tombo deste mês). Na Europa, as ações cederam 1,51%
em Londres, 2,42% em Paris
e 1,43% em Frankfurt.
"Quando o Fed menciona
que a economia não está melhorando, acaba precipitando aumento na aversão ao
risco", diz Carlos Levorin, sócio da Grau Gestão de Ativos.
O gestor lembra que os
bancos europeus estão muito
comprometidos com as dívidas do continente e terão que
reconhecer prejuízos.
E o investidor continuou a
castigar as ações da Petrobras após o adiamento da capitalização. Ontem, os papéis da estatal se desvalorizaram em mais de 3% e movimentaram mais de R$ 700
milhões dos quase R$ 5 bilhões negociados ontem.
O dólar comercial terminou a R$ 1,789 (declínio de
0,16%), completando oito
dias abaixo de R$ 1,80.
Texto Anterior: Análise/Agricultura: Foco do mercado de açúcar estará voltado para a Índia Próximo Texto: Tesouro: Dívida pública vai a R$ 1,614 tri; parcela de estrangeiros é recorde Índice
|