São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2010

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FOCO

Revista para maiores de 50 anos cresce mais nos EUA

ANDREW ADAM NEWMAN
DO "NEW YORK TIMES"

Houve época em que os editores da revista "AARP The Magazine" -publicada pela organização que defende as causas dos norte-americanos com mais de 50 anos- esperavam reação adversa das celebridades quando as convidavam a aparecer na capa da publicação.
Mas Nancy Perry Grahamm, editora da publicação bimestral, declarou em entrevista recente que, nos últimos anos, "celebridades passaram a nos procurar para aparecer na revista".
Foi o caso do astro da atual capa, o ator Dennis Quaid, 56. Seus agentes procuraram a revista dizendo que ele estava interessado em falar sobre vítimas de erros médicos.
Recentemente, seus filhos gêmeos de 12 anos quase morreram após receber dose excessiva de medicamentos.
Outro astro, o roqueiro Bruce Springsteen, declarou durante um show, no ano passado: "Eu costumava aparecer na capa da "Rolling Stone'; agora, estou na capa da "AARP The Magazine'". A edição estrelada por ele teve o seguinte título: "Springsteen chega aos 60".
A revista vendeu US$ 23,9 milhões em publicidade no segundo trimestre de 2010, ante US$ 20,9 milhões no período em 2009 (alta de 14,5%), de acordo com a Associação das Editoras de Revistas dos Estados Unidos.
No mesmo período, entre as cerca de 235 grandes revistas publicadas no país, o faturamento cresceu 6,2%.

CIRCULAÇÃO
Distribuída gratuitamente aos membros da AARP, a revista tem a maior circulação entre as publicações norte-americanas, com 24,4 milhões de cópias por edição em 2009, ou mais de 300% acima da "Reader's Digest", a terceira maior, com 7,6 milhões de cópias.
O segundo lugar fica com outra publicação da AARP, a "AARP Bulletin", com 24,2 milhões de cópias.
A AARP agora considera elegíveis para adesão a maioria dos norte-americanos da chamada "geração baby boom", os nascidos entre 1946 e 1964.
Antes conhecida como Associação Americana de Aposentados, há dez anos a AARP decidiu usar sua sigla como nome, por achar incorreto afirmar que representava apenas os aposentados.
Em estudo recente, a Nielsen apontou que a "geração baby boom" responde por 38,5% dos bens de consumo adquiridos nos Estados Unidos, mas apenas 5% do investimento publicitário no país se dirige às pessoas de 35 a 64 anos.


Tradução de PAULO MIGLIACCI


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