São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2010

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Google anuncia "Street View" no Brasil

Serviço que mostra ruas, gravadas por câmeras em carros, causa polêmica por privacidade

DE SÃO PAULO

O Google anunciou que o lançamento oficial no Brasil do serviço de mapas Street View ("visão da rua") será na próxima quinta-feira.
Inicialmente, as cidades servidas com o Street View serão São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Imagens do serviço vazaram no começo do mês, indicando que o serviço seria lançado no país em breve.
O Street View é um serviço de mapeamento de ruas que usa carro, antenas e câmeras para fotografar os locais por onde o veículo passa.
O Google estuda uma nova proposta para permitir ao usuário decidir os próximos lugares que devem ser adicionados ao serviço no país.
A Fiat é parceira do Google Brasil no serviço de mapeamento de ruas.

CONTROVÉRSIA
A ideia de câmeras circulando e gravando as vidas de transeuntes e moradores - e disponibilizando tais imagens na rede - não agrada a todo mundo.
Em julho, 37 Estados norte-americanos anunciaram a investigação sobre o Google por conta da coleta de dados pelo Street View.
As autoridades querem averiguar se o serviço quebrou leis de privacidade ao capturar informações privadas de usuários de internet por meio de conexões Wi-Fi.
Trata-se de desdobramento da investigação iniciada pelo procurador-geral do Estado de Connecticut, Richard Blumenthal, em junho.
Em maio, o Google disse que a frota de carros tinha acidentalmente recolhido informações pessoais, que um especialista em segurança disse poder incluir mensagens de e-mail e senhas.
Em carta aberta enviada ao Google, Blumenthal pediu detalhes específicos acerca da coleta de dados -o que inclui informações sobre uma possível venda ou uso dos dados coletados.

"NADA ILEGAL"
Blumenthal também pediu ao Google que informasse se o programa de coleta de dados foi testado, quanto tempo o software passou coletando dados de sinais específicos -além de divulgar nomes dos empregados envolvidos e suas respectivas explicações sobre o caso.
A companhia reiterou que a coleta se tratou de um "erro", mas que não cometeu "nada ilegal".
"Vamos continuar a colaborar com as autoridades pertinentes para responder às suas questões e interesses", disse o Google, em comunicado.
Países europeus também começaram discutir as questões de privacidade do novo mecanismo.


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