São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011

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VIAJE COM CELULAR SEM FALIR

Brasileiros pagam caro nas ligações para o Brasil, mas há opções para quem quer economizar e se manter conectado

MARIA PAULA AUTRAN
FELIPE VANINI BRUNING

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE SÃO PAULO

O dono da operadora de turismo paulista Transmar Incentive Travel, Renato Amaral Pires, levou um susto ao voltar de viagem no ano passado e checar sua conta de celular. Inadvertidamente, nos Estados Unidos ele recebeu e fez dezenas de ligações usando seu telefone brasileiro. Resultado: R$ 10 mil a pagar.
A exemplo dele, muitos brasileiros passam por esse "choque". Quem viaja ao exterior paga caro para se manter em contato com o Brasil pelo celular, se usar tarifas avulsas de "roaming".
Um levantamento feito pela Folha com base nas tarifas das quatro maiores operadoras do país (Vivo, Claro, Tim e Oi) mostra que um brasileiro que está em "roaming" nos EUA paga em média R$ 6,76 por minuto para ligar para o Brasil usando celular com tarifa avulsa.
Um americano que está no Brasil e liga para os EUA paga R$ 3,78 por minuto na Verizon Wireless, uma das maiores operadoras do país.
Na Argentina, o brasileiro gastaria em média de R$ 7,13. Já um argentino que está no Brasil paga R$ 4,75 para ligar para seu país, via Movistar Argentina.
"O 'roaming' internacional é caro em todo o mundo. No Brasil, além de o valor ser alto, você coloca todos os impostos de serviços, que elevam o preço em cerca de 40%", diz Eduardo Tude, diretor da consultoria Teleco.
Mas existem opções para quem não quiser ter uma surpresa quando voltar de viagem. Uma delas é comprar um chip -o celular tem de estar desbloqueado- ou um telefone no país de destino.
"Quando você troca o cartão, perde totalmente o contato com a sua operadora brasileira", diz Marcello Campos, professor de engenharia elétrica da Coppe/UFRJ.

SEM FIO
A opção mais barata em geral, diz ele, é buscar uma rede Wi-Fi (sem fio) -se o usuário tiver um smartphone.
Com ela, é possível usar programas de voz sobre IP, como o Skype, para fazer ligações, e navegar na internet sem pagar o preço do "roaming" de dados.
"Em geral, o 'roaming' de dados é muito mais caro que o de voz. E é difícil você saber se trafegou muitos dados", afirma Campos.
Cartões pré-pagos -que podem ser usados em telefones públicos ou fixos- são outra opção mais em conta para as chamadas de voz.
"Tirando pacotes promocionais em determinadas épocas do ano, não há muitos mecanismos para buscar uma reduçaõ nessa tarifa, o que leva o usuário a buscar alternativas", diz Tude.
O preço do "roaming" internacional é estabelecido a partir acordos entre operadoras. Quando viaja, o usuário que tem um telefone brasileiro usa a rede de uma operadora parceira da sua e em geral paga para fazer e também para receber chamadas.


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