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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Miguel Jorge diz que governo estuda
adiamento do leilão do trem-bala
O ministro Miguel Jorge
(Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior) disse
que setores do governo estudam adiar o leilão do trem-bala, marcado para a próxima segunda-feira, dia 29.
"Empresas já procuraram
o governo para pedir a extensão do prazo", confirma Miguel Jorge.
Os consórcios alegam não
terem tido tempo suficiente
para preparar todos os estudos necessários para decidir
sobre o preço e a viabilidade
da obra.
Para o ministro, um prazo
considerado "razoável seria
de mais seis meses".
"É melhor perder tempo
agora do que lá na frente."
O ministro, porém, afirma
estar pessimista com relação
à possibilidade de o adiamento se concretizar.
Parte do governo, entretanto, avalia que os interessados já sabiam há dois anos
do projeto do trem de alta velocidade e que poderiam já
ter feito todos os estudos.
Ao avaliar sua gestão, Jorge, que afirma estar de saída
do governo, rejeita críticas de
que o ministério foi lento ou
inerte na defesa da indústria
nacional da entrada de produtos estrangeiros em condição desleal de concorrência.
"Entre janeiro e ontem, foram recolhidos R$ 222,1 milhões em direitos antidumping. No ano passado, foram
menos de R$ 140 milhões."
O Brasil abriu 24 dos 96
processos iniciados no mundo, atrás apenas da Índia.
90 DIAS
"Adiar o leilão do trem-bala por 90 dias não atrapalharia em nada porque nada será feito em época de festas,
férias e chuvas", diz Juan
Quirós, presidente do grupo
Advento. A construtora Serpal, do grupo, participa de
um dos consórcios com empresas espanhola e chinesa.
"É preciso avaliar melhor o
fluxo físico, o preço e ver se
não faltou nenhum impacto,
como o da energia. O custo já
está entre R$ 42 bilhões e R$
45 bilhões", diz. "Foram feitos estudos nesses dois anos,
mas é preciso atualizar dados
para a demanda de hoje."
PETROLÍFERAS
O novo presidente da BP
no Brasil, Robert Dudley, visitou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli,
ontem na sede da companhia
brasileira, no Rio de Janeiro.
Na pauta da reunião: oportunidades de cooperação entre as companhias, de acordo
com a Petrobras.
Pequena firma agrega pouco e emprega muito, diz pesquisa
As micro e pequenas empresas brasileiras absorvem
cerca de metade dos trabalhadores formais do país.
Apesar disso, produzem
apenas 20% do Produto Interno Bruto, segundo levantamento do Sebrae. Na Itália,
esse valor chega a 55,6%.
Quando comparadas com
firmas de mesmo porte de
países industrializados europeus, a produtividade das
brasileiras fica ainda pior.
Na avaliação de Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae, falta inovação e competitividade.
Na Europa e em outros países industrializados como a
Coreia do Sul, diz Santos, as
pequenas tem produtividade
para competir globalmente,
o que falta no Brasil.
"Estratégia competitiva
não é só software caro. É inovação constante de processo,
gestão e produto. Não se resume apenas a câmbio e a infraestrutura."
Para ele, o ideal é chegar,
no mínimo, a 40% do PIB nos
próximos dez anos.
O conceito italiano de "artesanato industrial", em que
pequenas empresas familiares conseguem agregar alto
valor mantendo a padronização, é um bom exemplo, diz.
Na Alemanha, a integração das pequenas na cadeia
produtiva das gigantes é intensa, mas a participação parece pequena devido ao tamanho das multinacionais.
EXPERIÊNCIA LOMBARDA
Eles já sediaram a Copa
do Mundo, Jogos Olímpicos
de Inverno e vão receber a
Expo 2015, em Milão.
Com esses créditos, os
italianos também querem
participar dos eventos esportivos no Brasil, principalmente nas áreas de infraestrutura, construção e
transportes.
O secretário do Comércio,
Turismo e Serviços da Lombardia, Stefano Maullu,
veio ao Rio e a São Paulo
com um grupo de cerca de
45 empresários da área de
projetos e de empreendimentos imobiliários.
"Temos know-how em
viadutos, diques e trem-bala", afirma o secretário da
Lombardia, que detém 25%
do PIB italiano.
"No Rio, os empresários
se interessaram muito em
participar das obras ligadas
aos eventos: no porto, no ramo imobiliário... E em São
Paulo, inclusive, em parcerias nas feiras [setoriais]."
QUEDA DE NOVOS ALIMENTÍCIOS
O Brasil caiu de 3º para 7º
lugar no ranking mundial de
lançamento de novos produtos alimentícios, esfriando o
setor de embalagens.
Durante a crise, o Brasil alcançou a terceira posição
pois "os projetos já encaminhados tiveram continuidade" no país mesmo com a
queda do comércio global,
diz Fábio Mestriner, coordenador do Núcleo de Estudos
da Embalagem da ESPM.
Em 2011, diz, o Brasil deve
voltar a disputar a quarta posição com Alemanha e França, ficando atrás dos EUA, Japão e Reino Unido.
Os dados serão apresentados no seminário Sustentabilidade, Saúde e Alimentação,
hoje e amanhã na ESPM.
NOVIDADES NA PRATELEIRA
2008
Foram 93.826 lançamentos
de novos alimentos;
o Brasil estava em 6º lugar
2009
Foram 101.235
lançamentos, com aumento
de 7,9%;
o Brasil estava em 3º lugar
2010
Foram 105.589
lançamentos de novos
alimentos, aumento de
4,3%;
o Brasil foi para o 7º lugar
Fonte: ESPM
MAÇÃ NO VAREJO
A Fast Shop inaugura hoje
no país 25 pontos de venda
de produtos da Apple.
Nos espaços, no interior
das lojas da rede, será possível testar os aparelhos e ter
orientação de como usá-los.
"Teremos a maior rede de
produtos da Apple no país",
afirma Luiz Pimentel, diretor
da empresa.
A expectativa é de aumento de, no mínimo, 20% nas
vendas com esses espaços.
"Os produtos da Apple estão crescendo muito no país
e enxergamos uma oportunidade de crescer junto", diz.
A Fast Shop, que possui
hoje 62 lojas espalhadas pelo
país, não confirma que fará a
venda de iPad.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e ANDRÉ LOBATO
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