São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

Economia de Estados eleva superavit

Receita maior também colabora para o 2º melhor resultado fiscal das contas públicas para meses de janeiro

Para BC, com ajuda do corte de R$ 50 bi anunciado pelo governo, meta para o ano será atingida

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

A economia dos governos estaduais para pagar os juros da dívida pública alcançou valor recorde em janeiro.
Segundo o Banco Central, o início de governo nessas esferas de poder é normalmente um período de queda nos gastos, que se concentram nos anos eleitorais.
Além disso, as receitas com ICMS e transferências da União aumentaram, reflexo das vendas recordes do fim de ano, cujos tributos são recolhidos no mês seguinte.
A mesma arrecadação recorde ajudou todo o setor público, que inclui também União e municípios, a registrar no mês passado o segundo maior superavit (receitas menos despesas) para janeiro da série iniciada em 2001. Foi o primeiro resultado do governo Dilma Rousseff.
Para o BC, essa melhora, somada ao corte de R$ 50 bilhões anunciado pelo governo, vai ajudar a colocar as contas públicas na meta.
A instituição trabalha com uma economia maior neste ano por parte do setor público para ajudar a esfriar a economia, segurar a inflação e evitar alta maior dos juros.
No mercado financeiro, no entanto, o clima ainda é de desconfiança, depois de dois anos seguidos de manobras contábeis para maquiar as finanças públicas e de descumprimento de metas.
Em janeiro, o superavit do setor público ficou em R$ 17,7 bilhões, aumento de 10% na comparação anual e segundo melhor resultado da série. Os Estados fizeram economia recorde de R$ 3,8 bilhões.
Os juros devidos tiveram elevação maior, de 37%. O aumento se deve ao fato de a maior parte da dívida ser corrigida pela inflação e pela taxa básica de juros, que subiram no período.
O superavit acumulado em 12 meses subiu para R$ 103,4 bilhões, ou 2,81%, do PIB em janeiro. A meta do governo é chegar a R$ 117,9 bilhões de economia no fim do ano, cerca de 3% do PIB.
A dívida pública foi para R$ 1,48 trilhão. Na comparação com o PIB, caiu a 40,1%, pois a economia cresceu mais que o endividamento. O superavit maior serviu para anular o efeito da alta dos juros devidos sobre a dívida.


Texto Anterior: Crise: EUA revisam para baixo aumento do PIB
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.