São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 2011 |
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Defesa e segurança terão US$ 30 bi em investimentos Copa e Olimpíada demandam US$ 4 bi e empresas anunciam parcerias Sistemas de inteligência e monitoramento aquecem setor; veículo aéreo não tripulado é destaque em feira RICARDO BONALUME NETO ENVIADO ESPECIAL AO RIO As necessidades das Forças Armadas e policiais brasileiras para compra e modernização de equipamentos estão estimadas entre US$ 30 bilhões e US$ 35 bilhões. Mesmo que projetos vistosos, como a compra de 36 novos caças do programa F-X, tenham de novo sido adiados, a Copa do Mundo de 2014 vai exigir US$ 2,8 bilhões em gastos de segurança; a Olimpíada de 2016, outro US$ 1,4 bilhão. Muitas das empresas atuam tanto no setor civil quanto no militar, como em sistemas de comunicação, equipamentos de monitoramento, controle de tráfego aéreo e outras áreas da infraestrutura de transporte. A feira bienal de material bélico Laad 2011 (Latin America Aero & Defence 2011), realizada dos dias 12 a 15 deste mês no Rio, dobrou de tamanho. A primeira feira, em 1997, tinha seis delegações oficiais estrangeiras, 30 exibidores e recebeu 3.900 visitantes. Esta última bateu recordes: 663 exibidores de 40 países e mais de 25 mil visitantes. E um reflexo ainda mais nítido é a temporada de fusões, aquisições, parcerias e associação de empresas brasileiras e estrangeiras. Simbolicamente, a fabricante de aviões Embraer criou em 2010 a Embraer Defesa e Segurança. A empresa iniciou parceria com a Atech Negócios em Tecnologias para participar de produtos e serviços na área de sistemas de comando, controle, computação, comunicações e inteligência. A Embraer Defesa e Segurança adquiriu 50% do capital social da Atech, no valor de R$ 36 milhões. A Atech participou do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam e Sipam), do gerenciamento do espaço aéreo e integrou os sistemas de missão do avião de patrulha marítima P-3 da FAB. A Embraer Defesa e Segurança também assinou um acordo com a AEL Sistemas (subsidiária da empresa israelense Elbit Systems) para explorar conjuntamente o mercado de veículos aéreos não tripulados (Vants). Esses aviões de controle remoto podem ser usados para a vigilância de fronteiras. Uma veterana empresa da área de defesa, a Avibrás, apresentou na Laad o protótipo de um Vant, o Falcão. A OrbiSat, especializada em sensoriamento remoto e radares para vigilância aérea e terrestre, vendeu suas áreas de defesa e sensoriamento remoto para a Embraer Defesa e Segurança. Texto Anterior: Mercado Aberto Próximo Texto: Empresas disputam "sacolas substitutas" Índice | Comunicar Erros |
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