São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Cinco grupos disputam a compra do Baú

CLAUDIA ROLLI
GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

Cinco grupos de varejo negociam a compra da rede de lojas do Baú da Felicidade, do grupo Silvio Santos.
Casas Bahia e o empresário mexicano Ricardo Salinas, dono da rede de eletrodomésticos Elektra e do Banco Azteca, são dois dos interessados em adquirir as 137 lojas situadas em São Paulo e Paraná, segundo a Folha apurou.
Procuradas, as Casas Bahia não confirmaram.
As negociações são conduzidas pelo Bradesco BBI, mas a instituição não comenta as negociações.
Lásaro do Carmo Jr., vice-presidente do grupo Silvio Santos, diz que o negócio deve ser fechado entre 60 e 90 dias e ocorre após a venda da Braspag, empresa de processamento de pagamentos on-line, à Cielo. A venda, por R$ 40 milhões, foi anunciada na terça.
O grupo decidiu se reestruturar para amenizar os impactos da venda do banco PanAmericano para o BTG Pactual após a descoberta de uma fraude contábil, que gerou rombo bilionário na instituição.
Nos próximos cinco anos, a rede irá concentrar seus negócios em três pilares: consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, com o SBT; e capitalização, com a Tele Sena.
"Éramos um grupo muito pulverizado e resolvemos focar naquilo que é o grande conhecimento do grupo", diz. "O banco não vai fazer mais falta para a gente." A previsão é faturar R$ 2,3 bilhões neste ano.
Outras empresas, como a seguradora Panseg, a construtora Sisan e os hotéis Jequitimar, permanecem no grupo, mas sem grandes investimentos, diz Carmo.
Segundo ele, o grupo decidiu vender o Baú, conhecido pela venda de carnês para compra de produtos, devido à concorrência. "Para competir nesse mercado, você tem de ser um Walmart, um Pão de Açúcar."


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