São Paulo, segunda-feira, 26 de julho de 2010

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Financiar estudante esbarra na evasão e na qualidade do ensino

DE SÃO PAULO

O crédito educativo é a modalidade de financiamento que ainda tem dificuldade de se viabilizar no Brasil. O motivo não poderia ser mais cruel: financiar o estudante brasileiro envolve altíssimo risco, na visão dos bancos.
A qualidade do ensino é ruim, os estudantes chegam despreparados à universidade e a chance de desistência é altíssima. De cada 100 ingressantes, só 42 vão terminar o curso superior, segundo o Semesp (sindicato das universidades privadas).
Finalmente, não há garantia de que o recém-formado conseguirá entrar no mercado de trabalho.
O tempo de financiamento de um estudante chega a oito anos; é tão longo quanto o do empréstimo imobiliário, só que sem garantia.
Se o mutuário não paga a prestação, o banco toma a casa dele. Se o recém-formado não pagar, o banco perderá o dinheiro desembolsado.
Por que os bancos vão correr todos esses riscos se podem emprestar dinheiro no crédito consignado, com chance zero de perda, a uma taxa de juro similar?
O modelo só é viável com juros ainda mais baixos. E com a melhora da qualidade do ensino, elevando a empregabilidade.


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