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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Febre de distribuição
Vantagem tributária leva Drogasil
a abrir depósito em Minas Gerais
Com a temperatura do
consumo em alta, mais e
mais empresas anunciam investimentos em centros de
logística.
É o caso da Drogasil, que
afirma estar prestes a inaugurar seu segundo polo de
distribuição em Contagem,
em Minas Gerais.
O investimento de cerca de
R$ 3 milhões em um centro
de quatro módulos, de 6.000
m2, não se concretizou apenas para estar próximo de
clientes de outros Estados.
Vantagens tributárias nortearam a decisão de ter em
Minas um centro distribuidor, além do depósito de São
Paulo, segundo o presidente
da companhia, Claudio Ely.
Quando a empresa abre
um centro de distribuição em
um outro Estado, em vez de
adotar o regime de débito e
crédito de ICMS, o Estado dá
um crédito presumido.
Esse crédito resulta em
uma tributação negociável
com cada Estado em torno de
3%, na saída da mercadoria,
e deixa, assim, o regime de
crédito e débito.
"Cada Estado está legislando como um país", afirma. "O objetivo é ter um depósito em todo o país", diz.
EXPANSÃO NO CANADÁ
A Eliane, companhia de revestimentos de cerâmica,
acaba de implantar um centro de distribuição em Toronto, no Canadá, país que representa 15% de suas exportações totais.
O investimento é de US$ 1
milhão. Com a nova operação, a empresa, que faturou
R$ 592,7 milhões em 2009,
projeta elevar em 35% a receita de 2011.
"O centro vai atender
grandes redes de varejo e suprirá materiais mais rápido e
com custo menor", diz Edson
Gaidzinski Jr., presidente da
empresa. Os produtos Eliane
são fabricados no Brasil, na
Turquia e na China e enviados para 65 países.
A empresa está atenta a
outros locais atrativos para
instalação de centros logísticos, segundo Gaidzinski. "As
Américas são um mercado
natural para nós", diz.
Grupo LVMH traz perfume Fendi ao Brasil
A Fendi entra com perfume no mercado brasileiro. "Fan di Fendi" será
lançado amanhã, no país, ao mesmo
tempo em que chega às lojas na Itália
e na França.
O grupo LVMH, dono, entre outras
marcas, das grifes Louis Vuitton e
Dior, acabou de anunciar a vinda de
outra fragrância, da Loewe.
O grupo vai abrir três lojas para
produtos Dior, em São Paulo, em
2011, e no Rio e Brasília, em 2012.
"Estamos em negociação com alguns shoppings. O investimento será
de cerca de R$ 4,5 milhões", diz o diretor-geral da divisão de perfumes e
cosméticos, Renato Rabbat, que projeta crescimento no Brasil de 20%
neste ano.
PARA UM JOVEM
ECONOMISTA
Ilustração de André Tomma
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Luciano Coutinho, presidente do BNDES
O professor Luciano
Coutinho, que comanda o
BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social), aconselha a iniciantes na economia o uso de modelos próximos do mundo real.
Conselhos: "Prefira
sempre trabalhar com modelos mais complexos, com
mais indeterminações, baseados em supostos realistas a modelos elegantes baseados em hipóteses simplificadoras, afastadas do
mundo real. Nunca esquecer que economia sem história, sem poder e sem conhecimento dos fatos reais
facilmente se transmuta em
abstração ideológica."
Livro básico: "A última versão de "Macroeconomia Financeira", de Michel
Aglietta." (Editora Loyola)
AVANÇO EM SP
A mineira Port, distribuidora de artigos de papelaria,
informática e material de escritório, acaba de inaugurar
um centro logístico em Barueri, na Grande São Paulo.
O objetivo é simplificar a
distribuição e encurtar os
prazos de entrega no interior.
"Esses suprimentos requerem agilidade na entrega.
Com o novo centro, estaremos mais perto dos nossos
clientes", afirma Mauro
Araújo, diretor-executivo da
empresa.
A companhia, que atende
todo o país, já possui escritórios de distribuição no Espírito Santo e no Distrito Federal,
além de Minas.
Inicialmente, a nova unidade vai atender só o Estado
de São Paulo, porém, no futuro, a meta é abastecer a região Sul. O investimento foi
de R$ 5 milhões, em infraestrutura, estoque e tecnologia.
O mercado de suprimentos
vive um momento de concentração de distribuidores, segundo Araújo.
"A tendência é ter menos
distribuidores, porém, maiores. O distribuidor em escala
consegue minimizar custos."
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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