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Alimento puxa crescimento de franquias
Expansão da massa salarial e da classe C estimulam esse mercado, que avança cerca de 30% e deve faturar R$ 75 bi
Setor alimentício tem os melhores indicadores; MegaMatte e Yogoberry são exemplos de redes bem-sucedidas no país
CIRILO JUNIOR
DO RIO
O mercado de franquias
passou ileso pela crise e segue em forte expansão no
país, especialmente as redes
ligadas a alimentos.
O aumento da massa salarial e a ascensão da classe C
vêm proporcionando crescimento acelerado, que chega
a avançar acima de 30% em
um ano. A projeção é que as
franquias tenham faturamento recorde neste ano, em
torno de R$ 75 bilhões.
Acessórios pessoais, vestuário e alimentos devem
continuar apresentando os
maiores aumentos, segundo
a ABF (Associação Brasileira
de Franchising).
"A crise, de certa forma,
beneficiou o mercado de
franquias. As empresas tiveram que adotar alternativas,
voltar-se para canais eficientes. E o varejo sentiu menos
os efeitos da crise", afirma Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF.
Atualmente, pouco mais
de 1.700 marcas utilizam o
sistema de franquia. No ano
passado, 240 empresas aderiram, e, em 2010, estima-se
que mais 150 adotem o sistema. Segundo a ABF, o Brasil
é o quinto maior mercado de
franquias no mundo.
MARCAS FLUMINENSES
Uma das franquias que
surfaram bem pelo mar revolto da crise foi a fluminense MegaMatte, que segue a linha de produtos naturais.
Em 2009, o número de lojas da rede cresceu 30% em
relação a 2008. No final deste
ano, serão 80 ao todo, 54% a
mais do que as 52 unidades
de dezembro de 2009.
Inaugurada em 1994, a
MegaMatte passou a abrir
franquias em 2005. Vanessa
Medeiros, gerente de comunicação, explica que a estratégia prevê foco no Sudeste,
especialmente em São Paulo.
Baseada especialmente no
Rio, onde estão 59 das 66 lojas, a rede chegou a São Paulo no ano passado e terá, até
o final deste ano, oito unidades. Será aberta também
uma loja em Salvador.
Para investir na MegaMatte, é preciso ter de R$ 130 mil
a R$ 250 mil. A expectativa é
de faturamento mensal de
R$ 60 mil.
Outra franquia emergente
no ramo de alimentação é a
Yogoberry, especializada na
fabricação de frozen yogurt.
Inaugurada em 2007, trouxe
como novidade os produtos
que lembram sorvetes e têm
menos calorias -desde que o
consumidor resista à tentação de incrementá-los com as
várias coberturas e guloseimas oferecidas.
A rede já tem 60 lojas franqueadas e duas próprias, espalhadas por dez Estados.
Nesta semana, inaugura a segunda loja no Nordeste, em
Fortaleza -a outra unidade
fica em São Luís (MA).
O diretor de expansão da
Yogoberry, Marcelo Bai, lembra que a ideia inicial era ter
apenas lojas próprias. Mas a
multiplicação do negócio
acirrou a concorrência e alterou a estratégia da empresa.
A rede também surgiu no
Rio de Janeiro e chegou a São
Paulo no ano passado. No
mercado paulista, já conta
com 20 lojas. O investimento
para abrir uma loja da Yogoberry chega a R$ 300 mil, e o
faturamento estimado é de
R$ 90 mil mensais.
"Naturalmente, o maior
espaço para crescer será em
São Paulo, temos muito espaço lá, ainda estamos começando", ressalta Bai.
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