São Paulo, sexta-feira, 26 de novembro de 2010

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Aluguel para o Réveillon sobe até 132%

Maior aumento foi encontrado nos apartamentos de 4 quartos na região de Santos, de acordo com imobiliárias

Entre os cuidados para locatários e locadores estão visitar o imóvel e estipular o número máximo de pessoas

TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO

Quem estiver planejando alugar um imóvel para passar o feriado de Ano-Novo no litoral paulista pode desembolsar mais do dobro do que era pago no ano passado ou até bem menos do que em 2009, dependendo da praia escolhida para a virada.
O valor do aluguel de apartamentos e casas teve aumento de até 132%, de acordo com os dados da pesquisa do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) do Estado de São Paulo com 72 imobiliárias em 12 cidades, adiantada para a Folha.
O maior acréscimo foi encontrado nos apartamentos de quatro dormitórios no chamado litoral centro (Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga), no qual o aluguel diário passou de R$ 663 para R$ 1.540. A locação de casas com a mesma quantidade de quartos subiu 44%.
No outro extremo, o aluguel de apartamentos de três quartos no litoral sul (Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Praia Grande) ficou 39% mais barato, passando de R$ 652 para R$ 400.
Na mesma região, as casas seguiram o movimento inverso, apresentando alta de 38%.
De acordo com a pesquisa, a maioria dos proprietários determinou aos corretores e imobiliárias que fechem pacotes de locação pelo período mínimo de dez dias.
"Há sempre a possibilidade de fazer um acordo por menos tempo, mas quanto maior o número de dias mais fácil negociar uma diminuição no valor", afirma o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. "Esse negócio tem muita pechincha. Depende de cada um."
A sugestão de visitar o local ou pelo menos conferir fotos para ver as condições reais do imóvel é reforçada por ele, assim como o cuidado com estelionatários.

CUIDADOS
"Numa casa de classe média na Praia Grande vi um aviso dizendo "esse imóvel não está para locação temporária'", acrescentou, sugerindo a consulta aos locais que constam no site da entidade para ter mais segurança.
Hilton Pecorari, diretor de locação residencial do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), recomenda que o contrato traga detalhes como o número de utensílios, como copos, talheres e panelas, e a relação de eletrodomésticos e eletrônicos que estarão à disposição na casa.
Os inquilinos devem checar logo ao entrar se tudo está como acordado para detectar possíveis falhas e informar ao locador na devolução das chaves, evitando o pagamento de indenização pelo dano.
Outra dica é determinar quantas pessoas podem usar o imóvel, para evitar superlotação e consumo excessivo de água e energia. Ele recomenda ainda atenção especial ao preço. "Desconfie se ele for muito inferior à média de mercado, porque isso pode sinalizar problemas."


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