São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 2010

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Profissionalização do esportista encarece o hipismo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Já existem possibilidades para se praticar hipismo gastando menos, como as aulas de equitação, em que não é preciso ter cavalo próprio ou ser sócio da hípica. Porém, a profissionalização do praticante torna o esporte quase proibitivo para quem não tem recursos.
Segundo Luiz Giugni, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, por R$ 150 mensais é possível montar. Na hora de competir, porém, o esporte fica caro.
Pedro Junqueira Muylaert, o Pepê, quarto lugar no Concurso de Saltos Nacional e Internacional Indoor 2010, conta que o uniforme para competir inclui o culote (calça branca), que custa entre R$ 1.000 e R$ 2.000, e a casaca, entre R$ 1.000 e R$ 3.000, além de bota e capacete.
"Todo esporte que você for praticar em nível profissional é caro, e você tem que dedicar sua vida a isso", diz Luiz Felipe de Azevedo, proprietário da selaria Fap e medalhista olímpico pelo Brasil na modalidade de salto em equipe nos Jogos de Atlanta, em 1996.
Por conta dos preços, muitas vezes a qualidade que garante desempenho ao profissional se confunde com luxo, diz Mário Teixeira, proprietário da loja de produtos equestres Maison Du Cavalier.
Chris Morais, campeã brasileira de 2010 de adestramento na categoria Amador 2, neste ano, conta que sua sela e sua bota de montaria são feitas sob medida. A sela foi feita na Suíça e também leva as medidas do cavalo.
"É uma questão de conforto e técnica, porque aí você tem mais contato com o cavalo, especialmente no adestramento", diz. Mas não só os cavaleiros têm direito a produtos de alta qualidade, os cavalos também recebem tratamento vip.
Para Cláudia Lanzellotti, proprietária da Show Horse, que vende produtos equestres, "cavalo é glamour". Na loja, ela vende até maquiagem, especialmente para cavalos de exposição.
Os dois cavalos de Morais têm kit personalizado de cuidados, cada um com suas próprias escovas para pelo, crina e rabo, panos de limpeza, manta (vai embaixo da sela), capa de inverno e outros equipamentos.
"Os cavalos recebem cuidados como se fossem atletas de alto nível. E também fazem esteira quase todos os dias", conta. (GS)


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