São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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ANÁLISE

Atraso colocou governo em alerta

LEILA COIMBRA
DE BRASÍLIA

Para evitar que Belo Monte atrase em um ano, o governo criou um licenciamento especial para iniciar as obras da usina. Antes dela, apenas a hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, havia obtido uma licença parcial de instalação.
O atraso começava a comprometer o cronograma da usina, e isso deixou o governo em alerta. No leilão, em abril de 2010, foi firmado o acordo de a hidrelétrica começar a produzir em 2015.
Mas, se o canteiro de obras não começasse até o fim de fevereiro, só em 2016 a usina começaria a operar. Isso porque em março começa o período das chuvas no Norte e o canteiro de obras não poderia mais ser instalado.
Belo Monte é a principal obra da área de energia em andamento, e o projeto teve o envolvimento pessoal da presidente Dilma Rousseff quando era ministra de Lula.
O impasse sobre o licenciamento foi o principal motivo da saída de Abelardo Bayma da presidência do Ibama, no início do ano.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, alertou no seu discurso de posse para as consequências de um atraso e pediu providências imediatas à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Ontem o presidente substituto do Ibama, Américo Ribeiro Tunes, assinou autorização que permite o desmate da área do reservatório.
Não é a licença de instalação (a segunda fase de um licenciamento), mas permite que se acelere em parte o cronograma de construção.
Primeiro, é concedida a licença prévia, que, para Belo Monte, foi emitida antes do leilão e colocou 40 condicionantes para a execução da obra -ainda não cumpridas.


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