São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011

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Serviço de refeições a bordo atrai chefs e fatura R$ 3,6 bi

Jovens profissionais veem no "catering" possibilidade de carreira internacional

Presença do segmento no total gasto com alimentação fora de casa ainda é baixo e há potencial para crescer

Isadora Brant/Folhapress
André Mifano, proprietário do Vito, de culinária italiana

DE SÃO PAULO

O serviço de refeições a bordo, o "catering", movimentou R$ 3,6 bilhões em 2010 no país, segundo estimativas de mercado.
É uma parcela ainda pequena, 2%, do faturamento do setor de alimentação fora de casa, que somou R$ 180 bilhões no ano passado. Mas tem atraído mais a atenção de chefs de cozinha.
"Tenho trazido para a minha equipe chefs de hotéis e restaurantes", diz Adriano Capra, 38, chef da Sky Chefs, empresa de "catering" aéreo.
Na companhia há 14 anos, Capra trabalha hoje na elaboração dos cardápios.
"Agora, os jovens já têm mais conhecimento do setor e enxergam nele uma possibilidade de carreira internacional", afirma.
Quando Capra começou nesse ramo, a situação era bem diferente.
"Entrei a convite da companhia e não sabia nada do assunto. A alimentação para ser servida a bordo requer um preparo específico, desde a seleção dos ingredientes."
A Sky Chefs, empresa global que atua no Brasil há 11 anos, atende 30 companhias aéreas no país. Entre elas, TAM, Gol, Air France, British Airways e Air China.
São oito unidades de produção, com cozinhas, em sete Estados. E só em Guarulhos (SP) são preparadas 30 mil refeições por dia.
Capra diz que lida constantemente com a diversidade cultural dos clientes -as empresas aéreas.
Além disso, participa, a cada três meses, de uma convenção internacional com os 13 chefs da Sky em todo o mundo para discutir tendências gastronômicas.
"Em que momento da carreira um chef de hotel ou de restaurante teria essa possibilidade?"
Enzo Donna, diretor da ECD Consultoria, especializada em serviços de alimentação, aposta no desenvolvimento do setor de "catering" no Brasil, principalmente no transporte rodoviário.
"Com as dificuldades nos aeroportos, o transporte rodoviário tende a ser cada vez mais uma opção para o passageiro e vai precisar agregar valor ao serviço."
(CAROLINA MATOS)


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