São Paulo, domingo, 27 de março de 2011

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Radiodifusor também quer vender planos de internet

DE SÃO PAULO

A aprovação do PLC 116 foi uma das contrapartidas do governo para convencer as teles a aderir ao PNBL.
A Folha apurou que, inicialmente, o governo acenou com perspectivas de ganho de receita na venda de planos de web que teriam incluídos no preço canais de TV, algo que funcionaria como atrativo. Hoje, as teles não podem oferecer TV por assinatura via cabo, negócio restrito a empresas de televisão.
Um mês após o início das negociações com as teles, o governo pediu "prioridade" de votação do PLC 116 às lideranças partidárias no Congresso. Naquele momento, o projeto seria aprovado.
Mas algumas emissoras de televisão interessadas em participar do PNBL alertaram o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para o fato de que um dos artigos do projeto proíbe as empresas de radiodifusão (rádio e TV) de ofertar banda larga em sua área de cobertura, fazendo o que se chama de "última milha" -ligação entre as centrais de dados nas cidades e a casa dos clientes.
Emissoras de rádio e TV já têm infraestrutura (antenas de recepção e transmissão) instalada e poderiam, com licenças específicas da Anatel, participar do PNBL em sua área. Isso ajudaria a levar a internet a lugares remotos.
Desde então, o PLC 116 perdeu a prioridade. Também ajudou a pressão de emissoras contrárias à entrada das teles no mercado de distribuição de canais.
Uma delas defende a votação somente após garantia da presidente Dilma de que será mantida a proibição às teles para produção de conteúdos televisivos.
Não se sabe se o governo retomará o PLC 116, que, segundo técnicos do governo, pode afetar o PNBL.
(JW)


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