São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 2011

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"Minitransposição" no sertão de Alagoas está emperrada

Canal de 45 km está pronto, mas falta criar o sistema que transportará a água aos lotes

SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO

Um canal com 45 km de extensão e capacidade para transportar água do rio São Francisco através da região mais seca do sertão de Alagoas está pronto desde o final de 2010.
A entrada em funcionamento, porém, depende da implantação de um sistema de irrigação que leva água aos lotes e da construção de uma subestação de energia.
A previsão é que a operação do Canal do Sertão, que já teve investimento de R$ 400 milhões, seja iniciada até o final deste ano.
Quando os primeiros 45 km do canal estiverem em funcionamento, ele irá beneficiar diretamente 470 pequenos produtores de cabras e ovelhas. A área irrigada será de 3.200 hectares.
Segundo o governo do Estado, que gerencia a execução da obra, a implantação do sistema de irrigação (cujo custo é de R$ 45 milhões) estava incluída em um segundo contrato, que só começou a ser executado agora.
O secretário da Infraestrutura, Marco Fireman, disse que dois problemas emperraram a execução do contrato: a falta de dinheiro do governo estadual para contrapartidas (em torno de 10% do investimento federal) e pendências no Tribunal de Contas da União, por suspeita de sobrepreço.
"Não tinha sentido inaugurar 45 km de canal, botar água dentro e não dar finalidade a ela", disse Fireman.
O projeto prevê 250 km de canal, entre os municípios de Delmiro Gouvêia, no sertão, e Arapiraca, no agreste.
A obra foi iniciada em 2002, mas ganhou impulso a partir de 2007, com a inclusão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Segundo o secretário, à medida que a obra do canal avança pelo sertão, ela deverá atrair agroindústrias de produção irrigada de frutas.
O governo do Estado disse que já cadastrou as 470 famílias que irão receber os lotes, com um contrato de concessão. Os 3.200 hectares irrigados serão desapropriados para assentar as famílias.


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