São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 2011

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ANÁLISE

O consumidor está atento à atuação das indústrias

MARCO ANTONIO FUJIHARA
ESPECIAL PARA A FOLHA

A pressão sobre as empresas para que elas atuem com consciência ambiental e social é cada vez maior.
Não interessa saber apenas se o produto tem qualidade. Entra na conta se aquela indústria usa matéria-prima legítima, se não há exploração da mão de obra, se os resíduos são descartados corretamente, entre outros fatores.
O Brasil é o segundo país em consumo sustentável, atrás apenas da Índia, na pesquisa anual Greendex, da National Geographic Society.
Segundo o estudo, 44% dos consumidores se sentem desmotivados a agir ecologicamente porque as empresas mentem sobre o impacto ambiental de seus produtos.
Além disso, 40% dos entrevistados disseram que não vale a pena ser sustentável se os governos e as indústrias não agirem também.
O mercado já entende que sustentabilidade não é só o que as indústrias fazem dentro das fábricas. A empresa é responsável pela sua atuação em toda a cadeia produtiva.
É preciso saber a procedência da matéria-prima, garantir que a logística seja feita por uma frota mais ecológica e cuidar para que os produtos sejam reciclados, se isso for possível.
Algumas vezes, por iniciativa própria, as marcas agem de forma sustentável. Outras vezes se faz necessária uma medida legal.
Vale destacar a norma ISO 26000, lançada em Genebra, na Suíça, no ano passado, para as instituições que seguirem os conceitos da responsabilidade social.
Assim, a gestão das empresas não se reflete mais apenas no controle financeiro. A administração sustentável considera a dimensão econômica, ambiental e social das organizações.
Aos poucos, essa filosofia vai sendo incorporada no mercado, até o dia em que se tornar regra em todos os setores da indústria.

MARCO ANTONIO FUJIHARA é engenheiro agrônomo e diretor da Keyassociados e do Instituto Totum de gestão empresarial.


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