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Após pito do BC, Caixa diz que regularizará o balanço
Números referentes à participação no PanAmericano não foram ajustados
Atualização será feita no balanço do segundo trimestre; dados vão mostrar se houve lucro ou prejuízo com a compra
SHEILA D'AMORIM
DE BRASÍLIA
Depois de notificada pelo Banco Central, a Caixa Econômica Federal promete ajustar na sua contabilidade os números referentes à sua participação no PanAmericano.
A atualização, segundo a instituição, será feita no balanço do segundo trimestre.
O banco que pertencia ao empresário Silvio Santos foi adquirido no final de 2009 pela CaixaPar (empresa de participações controlada pela instituição estatal).
A operação, no entanto, só teve o aval do BC em novembro do ano passado, após o anúncio de uma sucessão de fraudes, que levaram a um rombo de R$ 4,3 bilhões.
Oito meses após a aquisição ter completado todos os trâmites burocráticos, a Caixa ainda não fez os ajustes de acordo com as regras do BC, o que mostrará o lucro ou o prejuízo com a compra.
Por isso, os dados da Caixa foram aprovados com ressalva pelos auditores independentes e a fiscalização do BC questionou o banco.
A Caixa usa como argumento uma norma internacional que ainda não foi aprovada pelo governo brasileiro.
Por essa norma, a instituição alega que teria até um ano, após a aprovação da operação pelo BC, para fazer a mensuração do investimento e realizar os ajustes.
Pelas regras do BC, no entanto, como a Caixa participa da gestão do PanAmericano, a atualização já deveria ter sido feita, segundo quatro auditores ouvidos. O BC não se manifestou oficialmente.
Se a aprovação do BC à compra tivesse saído antes da descoberta das fraudes, a Caixa, como dona da metade do PanAmericano, poderia ter que assumir metade de rombo inicial de R$ 2,5 bilhões.
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