São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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Desemprego é o mais baixo para julho

Taxa de 6,9% apurada pelo IBGE é a menor para o mês desde o início da série histórica do instituto, em 2002

Rendimento dos trabalhadores cresce 2,2% na comparação com junho e 5,1% em relação a julho de 2009

VERENA FORNETTI
DO RIO

A taxa de desemprego no país recuou, em julho, ao menor nível para o mês desde março de 2002, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deu início à série histórica.
O resultado do mês passado foi de 6,9%, ante 8% registrados no mesmo mês do ano passado, quando a taxa de desocupação no país foi afetada pela crise global.
O rendimento dos trabalhadores também se expandiu em julho. Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas a média foi de R$ 1.452,50, avanço de 2,2% na comparação com o mês anterior e de 5,1% em relação a julho de 2009.
Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE, afirma que os dados apontam que o mercado de trabalho retomou o vigor.
"A crise fez com que o emprego deixasse de melhorar. Agora tudo indica que voltamos a ter a evolução positiva de 2007 e de 2008", diz ele.
O analista também afirma que a tendência é que o desemprego continue a cair. No segundo semestre, com a contratação de temporários, tradicionalmente a taxa de desemprego cai para os menores índices do ano.
Fábio Romão, da LCA Consultores, projeta que a taxa de desemprego do país feche este ano com a menor média da série histórica.
Romão estima, entretanto, um leve aumento da taxa em agosto, por razões sazonais.
Ele também ressalva que o ajuste no crescimento da economia, que avançava em ritmo muito forte nos primeiros quatro meses do ano, reflete-se na renda e na taxa de desemprego.
Ainda assim, diz o analista, o mercado de trabalho deve registrar taxas importantes de crescimento. A previsão da LCA é que a taxa de desocupação recue para 6,5% em dezembro.

INDÚSTRIA PAULISTA
Para o analista do IBGE, o desempenho da indústria paulista em julho comprova a tendência positiva.
O setor foi o mais afetado pela crise internacional graças à queda nas exportações brasileiras e ao recuo da demanda interna em alguns segmentos.
Segundo o IBGE, o contingente de trabalhadores ocupados na indústria de São Paulo cresceu 4,1% em julho em relação ao mês anterior.
Foi o maior aumento mensal do segmento desde agosto de 2009. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 7,4%
"Os dados referentes a São Paulo são positivos porque [a região metropolitana] tem efeito de farol. Tudo que acontece ali vai se refletir nas outras metrópoles", afirma Azeredo.


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