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Desemprego é o mais baixo para julho
Taxa de 6,9% apurada pelo IBGE é a menor para o mês desde o início da série histórica do instituto, em 2002
Rendimento dos trabalhadores cresce 2,2% na comparação com junho e 5,1% em relação a julho de 2009
VERENA FORNETTI
DO RIO
A taxa de desemprego no
país recuou, em julho, ao menor nível para o mês desde
março de 2002, quando o
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) deu
início à série histórica.
O resultado do mês passado foi de 6,9%, ante 8% registrados no mesmo mês do
ano passado, quando a taxa
de desocupação no país foi
afetada pela crise global.
O rendimento dos trabalhadores também se expandiu em julho. Nas seis regiões
metropolitanas pesquisadas
a média foi de R$ 1.452,50,
avanço de 2,2% na comparação com o mês anterior e de
5,1% em relação a julho de
2009.
Cimar Azeredo, gerente da
Pesquisa Mensal do Emprego
do IBGE, afirma que os dados
apontam que o mercado de
trabalho retomou o vigor.
"A crise fez com que o emprego deixasse de melhorar.
Agora tudo indica que voltamos a ter a evolução positiva
de 2007 e de 2008", diz ele.
O analista também afirma
que a tendência é que o desemprego continue a cair. No
segundo semestre, com a
contratação de temporários,
tradicionalmente a taxa de
desemprego cai para os menores índices do ano.
Fábio Romão, da LCA Consultores, projeta que a taxa
de desemprego do país feche
este ano com a menor média
da série histórica.
Romão estima, entretanto,
um leve aumento da taxa em
agosto, por razões sazonais.
Ele também ressalva que o
ajuste no crescimento da economia, que avançava em ritmo muito forte nos primeiros
quatro meses do ano, reflete-se na renda e na taxa de desemprego.
Ainda assim, diz o analista, o mercado de trabalho deve registrar taxas importantes de crescimento. A previsão da LCA é que a taxa de
desocupação recue para
6,5% em dezembro.
INDÚSTRIA PAULISTA
Para o analista do IBGE, o
desempenho da indústria
paulista em julho comprova
a tendência positiva.
O setor foi o mais afetado
pela crise internacional graças à queda nas exportações
brasileiras e ao recuo da demanda interna em alguns
segmentos.
Segundo o IBGE, o contingente de trabalhadores ocupados na indústria de São
Paulo cresceu 4,1% em julho
em relação ao mês anterior.
Foi o maior aumento mensal do segmento desde agosto de 2009. Na comparação
com o mesmo mês do ano
passado, a alta foi de 7,4%
"Os dados referentes a São
Paulo são positivos porque [a
região metropolitana] tem
efeito de farol. Tudo que
acontece ali vai se refletir nas
outras metrópoles", afirma
Azeredo.
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