São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Revistas de moda começam a explorar o setor de varejo on-line Decisão de publicações é vista como ameaça séria de concorrência e causa desconfiança Para colaboradora da 'Vogue', site presta serviço a estilistas ao aproximá-los de demanda de usuários ERIC WILSON DO "NEW YORK TIMES" No Park & Bond, novo site de comércio de moda masculina, Jim Moore, diretor de criação da revista "QG", descreve um suéter vermelho da Calvin Klein como "algo que pode dar um tom mais 'bon vivant' ao velho terno de flanela cinzenta". O suéter, que custa US$ 225, leva o rótulo de "seleção QG" e está à venda na GQ Store. Na edição de setembro da revista "Esquire", o editor-chefe, David Granger, convida os leitores a visitar o site Cladmen.com, que começará a funcionar em outubro e oferecerá produtos selecionados pela revista, tais como botas Cole Haan de US$ 225 e ternos do estilista Michael Kors por US$ 795. Os adeptos da moda poderão comprar alguns dos looks criados por estilistas como Diane von Furstenberg, Marc Jacobs e Derek Lam diretamente do site da "Vogue". Um macaquinho da mais recente coleção de Furstenberg sai por US$ 498, e um casaco de couro criado por Jacobs tem preço de US$ 5.900. A decisão das revistas de moda de entrar no varejo causa certa desconfiança no setor. Elas, que enfrentam dificuldades para sobreviver em um mundo no qual a mídia on-line é cada vez mais dominante, passariam a concorrer com lojas como Saks Fifth Avenue, Neiman Marcus and Barneys New York, que também são anunciantes em suas páginas. As lojas físicas tradicionais, que no passado recorriam a revistas como forma de divulgar seus produtos, agora podem considerar as publicações como ameaça. "A situação é especialmente desconcertante para uma loja que se veja anunciando em uma revista que agora concorre com ela", disse Howard Socol, antigo presidente-executivo da Barneys e hoje consultor de varejo. Segundo Lauren Santo Domingo, colaboradora da "Vogue" e fundadora do Moda Operandi com Aslaug Magnusdottir, o seu site presta serviço real aos estilistas ao permitir que determinem, antes de produzir as roupas, que estilos os usuários estariam interessados em comprar. Tradução de PAULO MIGLIACCI Texto Anterior: Benjamin Steinbruch: Força, Steve Próximo Texto: Tecnologia: Amazon deve anunciar novo tablet amanhã Índice | Comunicar Erros

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