São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011 |
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Cade paralisa compra da Webjet pela Gol e freia fusão de serviço Gol terá que manter aeronaves da Webjet separadamente, sem ocupar horários e espaços da companhia menor Outra decisão do Conselho de Defesa Econômica congela compra do laboratório Dasa pela Amil LORENNA RODRIGUES DE BRASÍLIA O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) congelou ontem a compra da Webjet pela Gol até o julgamento definitivo da operação, que não tem data para ocorrer. O órgão entende que o negócio é complexo e deve ser analisado profundamente. Assim, manter as operações das duas companhias separadas é a única forma de garantir que, caso seja essa a decisão final, a fusão possa ser revertida. Pelo acordo firmado com o Cade, Gol e Webjet poderão compartilhar seus voos, o que significa que um passageiro pode comprar um bilhete da Gol e viajar em um avião da Webjet (e vice-versa). Foi permitido realocar algumas rotas, mas a maioria delas terá que ser mantida exatamente como são hoje. A Gol, porém, terá que manter operando separadamente as aeronaves da Webjet e não poderá pousar seus aviões em horários e espaços designados para a companhia (os chamados slots). O Cade cogitou permitir também o compartilhamento desses ativos, mas decidiu fazer um congelamento quase completo da operação. A Gol terá que manter os investimentos em publicidade da Webjet. Na data do julgamento final, a companhia terá que ter o mesmo "tamanho" em relação à Gol, ou seja, se essa crescer, a Webjet também terá que aumentar participação de mercado. Procurada, a Gol não comentou a decisão. A Webjet disse que "cumprirá rigorosamente os termos estabelecidos no acordo". SAÚDE O conselho decidiu também congelar a compra dos laboratórios Dasa (Diagnósticos da América) pela MD1, do grupo Amil, como antecipado pela Folha ontem. A Dasa tem uma das maiores redes de laboratórios do país, como o Delboni Auriemo e o Lavoisier, e atua principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Foram firmados dois acordos, o primeiro obrigando Dasa e MD1 a manter seus laboratórios separados. No segundo, acionistas da Amil que têm assento no conselho de administração da Dasa se comprometeram a não participar de reuniões que tratem de relacionamento com plano de saúde. O relator do processo, conselheiro Ricardo Ruiz, deu sinais de que o caso é complexo e possivelmente enfrentará restrições no conselho. Segundo ele, em 23 setores, como citopatologia, ressonância e eletrocardiograma, Dasa e MD1 têm, juntos, mais de 50% do mercado. O vice-presidente financeiro da Dasa, Maurício Puliti, disse apenas que integrações já feitas entre as duas empresas, como a junção das administrações e do setor de compras, não precisarão ser revistas. A Amil não comentou a decisão do conselho. Texto Anterior: Mercado Aberto Próximo Texto: PanAmericano teve R$ 100 mi desviados Índice | Comunicar Erros |
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