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Brasil é cobrado
sobre economia
de mercado
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
A China está cobrando
que o Brasil reconheça o
país como economia de
mercado, conforme um
memorando de entendimento assinado em 2004.
O assunto foi mencionado nas reuniões mantidas
pela subsecretária do Itamaraty para a Ásia, embaixadora Maria Edileuza
Fontenele Reis, durante
visita oficial a Pequim nesta semana.
O memorando foi assinado há seis anos, durante
visita ao Brasil do dirigente máximo da China, Hu
Jintao. Segundo Reis, a implementação depende de
"atos normativos" do Ministério do Desenvolvimento, mas sofre resistência do setor empresarial,
principalmente a Fiesp.
A subsecretária, em
conversa com jornalistas
na embaixada brasileira
ontem, ressaltou que a falta desse reconhecimento
não tem sido empecilho
para o crescimento do comércio bilateral, que neste
ano já é de 46% em relação
a 2009. Desde o ano passado, a China é o principal
parceiro do Brasil.
Nos encontros com representantes da Chancelaria e do Ministério do Comércio chinês, Reis também discutiu a próxima
cúpula do Bric, problemas
de empresas brasileiras e
investimentos chineses.
Reis mencionou nas
reuniões as dificuldades
da Embraer e da Marcopolo em manter operações
industriais na China devido aos obstáculos para obter autorização do governo
para produzir.
A Embraer ameaça fechar a sua fábrica no país
no início do ano que vem
caso o governo chinês não
autorize a fabricação de
aeronaves maiores.
O pedido, que teve intervenção do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, ainda
não foi respondido por Pequim.
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