São Paulo, sábado, 27 de novembro de 2010

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Brasil é cobrado sobre economia de mercado

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

A China está cobrando que o Brasil reconheça o país como economia de mercado, conforme um memorando de entendimento assinado em 2004.
O assunto foi mencionado nas reuniões mantidas pela subsecretária do Itamaraty para a Ásia, embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, durante visita oficial a Pequim nesta semana.
O memorando foi assinado há seis anos, durante visita ao Brasil do dirigente máximo da China, Hu Jintao. Segundo Reis, a implementação depende de "atos normativos" do Ministério do Desenvolvimento, mas sofre resistência do setor empresarial, principalmente a Fiesp.
A subsecretária, em conversa com jornalistas na embaixada brasileira ontem, ressaltou que a falta desse reconhecimento não tem sido empecilho para o crescimento do comércio bilateral, que neste ano já é de 46% em relação a 2009. Desde o ano passado, a China é o principal parceiro do Brasil.
Nos encontros com representantes da Chancelaria e do Ministério do Comércio chinês, Reis também discutiu a próxima cúpula do Bric, problemas de empresas brasileiras e investimentos chineses.
Reis mencionou nas reuniões as dificuldades da Embraer e da Marcopolo em manter operações industriais na China devido aos obstáculos para obter autorização do governo para produzir.
A Embraer ameaça fechar a sua fábrica no país no início do ano que vem caso o governo chinês não autorize a fabricação de aeronaves maiores.
O pedido, que teve intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não foi respondido por Pequim.


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