São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2011

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Citi quer volta à origem para reagir no país

Banco americano aposta no atendimento às empresas globais para não perder espaço para outras instituições

Socorrido na crise pelo governo dos EUA, Citi foca papel antigo de financiamento às empresas e serviços


TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Diante do avanço da concorrência, o Citibank brasileiro decidiu reforçar seu atendimento às empresas americanas e globais para não perder espaço entre os bancos de investimento no Brasil. O banco contratou 340 funcionários no mês passado e pretende ampliar mais sua presença no país.
Neste ano, os também americanos JPMorgan, Morgan Stanley e Merrill Lynch abriram contratações de altos executivos para atender a clientela corporativa com negócios no Brasil e no exterior, segmento em que o Citi reinou sozinho desde 1915, quando chegou ao Brasil.
Entusiasta dos emergentes, o indiano Vikran Pandit, presidente mundial do Citigroup, afirma que o Brasil precisará de muito dinheiro para ampliar a infraestrutura e atender à demanda crescente da nova classe média por produtos e serviços.
Para Pandit, a inflação brasileira é um dos sintomas dessa falta de infraestrutura e de capacidade do setor produtivo em atender ao crescimento rápido do país. Ele elogiou a condução das políticas de controle à inflação.
"As empresas seguraram os investimentos durante a crise. Agora, precisam de capital para aumentar a produção e atender essa demanda. Nosso papel é levar o dinheiro aonde precisam dele. Vemos o Brasil com muito otimismo e queremos fazer parte desse momento", disse.

VOLTA ÀS ORIGENS
Passado o pior da crise, o presidente mundial do Citibank prega agora um "back to basics" (volta às origens) da indústria bancária, no papel de financiador das empresas e dos consumidores.
O gigante americano foi uma das instituições financeiras mais machucadas pela crise das hipotecas subprime (segunda linha) e precisou de socorro de US$ 45 bilhões do governo americano.
Com os mercados americano e europeu estagnados nos últimos dois anos, Pandit apostou nos países emergentes de rápido crescimento para atravessar o período mais difícil. O executivo quer ter 60% das receitas do grupo vindas dos emergentes.
"A questão não é se o Brasil vai crescer ou não, mas em quantas oportunidades e em quais delas entraremos."


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