|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
No "campo" da Bolsa, Chile vence Brasil
Se o jogo de hoje entre Brasil e Chile fosse definido no
"campo" do mercado acionário, a seleção canarinho voltaria para casa mais cedo.
Desde que começou a Copa do Mundo, no dia 11, a
Bolsa chilena acumula valorização de 4,55%, a segunda
mais bem colocada entre os
países que participaram da
primeira fase do Mundial,
perdendo apenas para a da
Coreia do Sul (alta de 4,73%).
O Brasil ocupa apenas o
sétimo lugar no ranking das
Bolsas das seleções, com alta
acumulada de 2,82% até sexta-feira passada.
No final da primeira fase, o
desempenho das equipes
mostrava, em parte, alguma
relação com o comportamento dos países no mercado
acionário. Entre as dez Bolsas que mais se valorizaram,
oito países se classificaram
para as oitavas de final.
Entre as exceções está a
Itália, que, apesar de figurar
na sexta posição, decepcionou e já voltou para casa.
Na penúltima colocação
do ranking, a Inglaterra teve
desvalorização de 1,68% em
seus papéis no período. No
campo, porém, a seleção inglesa teve bom desempenho
na primeira fase, avançando
à etapa seguinte.
O levantamento realizado
pela Folha levou em conta 27
das 32 seleções que participaram da primeira fase do Mundial. Os outros cinco países
não disponibilizam dados ou
não têm Bolsas de Valores.
ESTICADA
O laboratório Merz-Biolab traz ao Brasil neste mês
um concorrente para o Botox. A toxina botulínica
criada pela empresa, chamada Xeomin, reduziu a
formação de anticorpos
neutralizantes e dispensa
refrigeração, segundo Roberto Marques, diretor-geral da empresa. O mercado
do Brasil é estimado em R$
180 milhões ao ano. "Cerca
de 70% da toxina botulínica no Brasil tem uso estético. O restante vai para uso
terapêutico. Na Europa é
60% terapêutico e 40% estético. O estético no Brasil é
grande, só comparável aos
EUA." A empresa, fruto de
joint venture entre a alemã
Merz e o Biolab desde o fim
de 2009, quer focar a dermatologia estética. Nos
próximos meses lança uma
linha de preenchimento.
MENOS EMPREGO
Na contramão do desempenho apresentado por outros setores, em maio a construção pesada registrou queda no nível de emprego pelo
segundo mês consecutivo no
Estado de São Paulo.
Com a demissão de 1.023
trabalhadores, a redução foi
de 1,21% em relação a abril,
segundo levantamento do Sinicesp (Sindicato da Indústria da Construção Pesada do
Estado de São Paulo).
O mês anterior já havia registrado queda de 1,29% com
a demissão de cerca de 1.100
trabalhadores.
O emprego no setor está
aparentemente "andando de
lado", segundo Helcio Farias, responsável pelo departamento técnico do Sinicesp,
mas ainda não há alarde, segundo ele.
"Esperamos crescimento
nos próximos meses, pois há
investimentos federais e estaduais em andamento",
afirma Farias.
Na comparação com o ano
passado, o sindicato registrou avanço do emprego. Em
maio de 2009, o setor empregava 75.646 trabalhadores.
Em maio deste ano, as empresas contabilizaram 83.627
empregados.
Intuição O Índice de Sentimento dos Especialistas em
Economia, medido pela Fecomercio SP, subiu 4,3% em junho ante maio, e atingiu 107,1
pontos. O ISE mostra a preocupação de profissionais da área
com impactos da crise europeia e o otimismo com o cenário doméstico.
Gasolina O consumo de
combustíveis registrou um
crescimento de 9,2% no Brasil
neste ano até maio, na comparação com o mesmo período
do ano passado, de acordo
com a ANP (Agência Nacional
do Petróleo). O destaque foram as vendas de gasolina,
que apresentaram alta de
21,5%. Por causa da elevação
do preço do álcool, os consumidores aumentaram o consumo de gasolina.
Diesel
A comercialização
de diesel cresceu 13,2% de janeiro a maio, em comparação
ao mesmo período do ano passado. O movimento foi puxado
pela recuperação da economia, pelo crescimento da safra
de grãos e pela intensificação
dos investimentos em infraestrutura. Já o aumento do fluxo
de passageiros nos primeiros
meses deste ano levou a um
consumo 14,8% maior de querosene de aviação.
Salgado Nas lojas do Wal-Mart na região Sudeste, no dia
da estreia do Brasil na Copa, as
vendas de salgadinhos subiram 300% em comparação
com toda a venda da primeira
quinzena de junho. Os itens
mais comprados para o primeiro jogo do Brasil foram as
batatas da marca própria,
além de Pringles, Ruffles e Doritos. No Pão de Açúcar, o
amendoim de marca própria
do grupo teve alta de 135%.
Torcida No dia do jogo do
Brasil contra a Costa do Marfim, a venda de cerveja do Grupo Pão de Açúcar aumentou
seis vezes, comparada a um
dia normal. No sábado que antecedeu o jogo, a procura por
picanha foi quatro vezes maior
do que num sábado comum.
No Carrefour, o produto que
mais tem saído em dia de jogo
é a cerveja. Quando a partida
ocorre em fim de tarde, o aumento é de 200%.
Feminino O público feminino não está satisfeito com a
publicidade de cerveja feita
atualmente, segundo levantamento da Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado do Grupo Bolsa de Mulher, realizada com
cerca de 3.000 mulheres, entre 25 e 50 anos, de todo o Brasil. A pesquisa aponta que
70% delas consideram a comunicação do produto machista e estereotipada.
Na hora Apenas 10% das
empresas brasileiras trocaram
seus relógios de ponto eletrônico para atender a portaria
número 1.510 do Ministério do
Trabalho e Emprego, que regulamenta o uso do equipamento. No Rio de Janeiro, 25%
das companhias já se atualizaram, ante menos de 15% nos
demais Estados. A informação
é da Madis Rodbel, fabricante
do setor, que espera crescer
300% com a nova lei.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
Próximo Texto: SP estuda incentivo para incluir deficiente Índice
|