São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 2011 |
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Mesmo com dificuldades, mercado consumidor é crescente DO ENVIADO A BAGDÁ O mercado que a VW pretende alcançar com o novo "brazíli" ainda é estatisticamente gelatinoso, mas seus sinais estão em toda a parte. O PIB teve um crescimento de 5,5% em 2010. A distribuição dessa renda patina -o país tem 25% da população sob a linha da pobreza considerada pela ONU. Nas ruas da capital, isso é evidente. Sujeira, pedintes, informalidade correndo solta. Os cartões de crédito acabaram de chegar ao país, mas, nas palavras de Muhammad Hussein, um bem-sucedido vendedor de televisões no bairro de Karada, "ninguém confia em banco; queremos dinheiro vivo". Ainda assim, os clientes de Hussein invadem sua loja com um ânimo de classe C brasileira abrindo crediário, com a diferença de que em Bagdá é possível pagar em parcelas com dinheiro vivo. Puxando a carruagem, a renascente indústria do petróleo, que desde 2009 voltou aos padrões pré-invasão de 2003. O polo de refino e exportação em torno de Basra (sul do país) está bem mais estabilizado e seguro do que a região de Bagdá. Mas há a inflação, oficialmente de 4,2% em 2010. O litro da benzina que abastece 90% dos carros, que antes podia ser comprada por R$ 0,08, subiu para R$ 0,96 -quase um terço do que se paga pela gasolina no Brasil. A ironia segue no campo energético: há apenas oito horas de luz na capital diariamente, obrigando ao pesado uso de enormes geradores por toda parte -que consomem combustível que poderia estar no tanque dos carros. (IG) Texto Anterior: Volkswagen tenta emplacar um novo "brazíli" no Iraque Próximo Texto: China inaugura maior linha de trem-bala Índice | Comunicar Erros |
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