Proibição da queima poderá reduzir a oferta de cana às usinas em São Paulo

As empresas que ainda não atingiram um bom patamar de mecanização no corte da cana-de-açúcar podem sofrer redução na oferta de matéria-prima para a moagem.
Devido à baixa umidade do ar, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) estendeu a proibição da queima da cana também para o período noturno.
Conforme a empresa, está proibida a queima em qualquer período e em todos os municípios do Estado.
Essa proibição só deverá agravar a situação de algumas usinas se o clima seco persistir por muito tempo. A redução na oferta da cana ainda cortada manualmente deverá reduzir o ritmo de atividade das empresas.
Fontes do setor dizem que, apesar dessa proibição, a oferta de álcool não deverá sofrer redução.
O consumo deverá crescer mais no anidro do que no hidratado neste ano. Em várias regiões do país, o hidratado deixou de ser competitivo, o que elevará o consumo de anidro em 13% neste ano.
Já a demanda por hidratado fica estável, podendo até recuar, na avaliação de Antonio Padua Rodrigues, da Unica. A maior evolução de consumo fica no setor da indústria química, que deve crescer 50%. Na média, as vendas internas de álcool devem crescer 7% neste ano.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES

Mercado Interno

Algodão
(arroba em caroço) R$ 21,13

Nova York

AÇÚCAR
(cent.de US$)* 19,96

Crédito Produtores de café e cooperativas terão uma linha de crédito de R$ 50 milhões para financiar margens de garantia e de ajustes diários em operações de vendas futuras.

Proteção A linha de crédito, um mecanismo de proteção de preços, foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional na quarta-feira.

Direção trocada A maior procura por álcool anidro fez o preço subir 0,3% nas usinas nesta semana, para R$ 0,9679 por litro. Já o hidratado recuou 0,5%, para R$ 0,8316.

Em alta Ontem foi um dia de recuperação de preços no exterior. Açúcar (3,6%) e café (4,2%) lideraram as altas em Nova York.

Preço da arroba do boi gordo chega a R$ 90 em São Paulo

A arroba de boi gordo chegou ontem a R$ 90 no noroeste do Estado de São Paulo, segundo pesquisa de preços da AgraFNP. A alta de preço mostra a pouca oferta de animais prontos para o abate no mercado.
Com valores nesse patamar, a arroba de carne já chega a US$ 51. Ganham os pecuaristas, que conseguem bom preço, mas perdem os frigoríficos, que têm aumento de custo e redução de margens neste momento.
Em algumas regiões, a arroba já supera R$ 90, segundo avaliações do mercado.
O atual reajuste de preços coloca os valores da arroba de gado com aumento de 15,4% em relação aos de há um ano.