São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011 |
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FOCO Estudo relaciona o tamanho do rosto do presidente-executivo ao sucesso da empresa HÉLIO SCHWARTSMAN ARTICULISTA DA FOLHA Vai investir na Bolsa? Consiga uma foto do presidente-executivo da empresa em cujas ações está interessado, pegue uma régua e calcule a razão entre a largura de sua face e a altura. Se obtiver um número maior do que 2, indicativo de um rosto largo, compre os papéis sem hesitação. Parece loucura, mas essa é a mensagem de um estudo que será publicado na edição de novembro do periódico "Psychological Science", do qual a Folha conseguiu uma cópia antecipada. De acordo com a pesquisadora Elaine Wong, da Universidade de Wisconsin, há uma correlação positiva entre a largura da face do presidente-executivo e o desempenho econômico da empresa. Ela chegou a essa conclusão depois de comparar a razão facial de 55 executivos-chefes de empresas listadas na Fortune 500 e os resultados de suas companhias. Se quiser dar um rosto ao experimento, pense em Herb Kelleher, ex-presidente-executivo da Southwest Airlines, apontado como responsável pelo sucesso da firma, e em Dick Fuld, que levou à bancarrota o Lehman Brothers. A explicação plausível para o achado, que só vale para homens, está nos níveis de testosterona, hormônio que, além de alargar o rosto, aumenta os níveis de agressividade, na vida e nos negócios. Já se sabia, por exemplo, que jogadores de hóquei com face mais quadrada tendem a receber mais punições por jogo violento. O que Wong e seus associados fizeram foi estender a correlação cara-comportamento para o mundo corporativo. É evidente, porém, que as coisas não são tão simples. O presidente-executivo comanda uma empresa, mas não a carrega nas costas. Os pesquisadores avaliaram o estilo cognitivo dos executivos seniores das empresas e concluíram que o efeito do formato do rosto do chefe era mais acentuado nas firmas que adotavam uma visão mais simplista do mundo. Quando os principais administradores analisavam a realidade de forma mais nuançada, as consequências da testosterona do chefe eram menores.
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