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Bridgestone investe US$ 250 mi no país
Gigante japonesa vai priorizar pneus para caminhões e máquinas agrícolas em suas unidades em SP e na BA
Projeto é aumentar em 30% a produção de
40 mil pneus ao dia; centro regional passou dos EUA para o Brasil
CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO
Empenhada em aproveitar
o crescimento previsto para o
mercado brasileiro de automóveis e caminhões, a fabricante japonesa Bridgestone
investirá US$ 250 milhões
(R$ 428 milhões) na ampliação da produção de suas
duas fábricas no país.
Segundo Humberto Gomez, presidente das operações brasileira e latina, os investimentos serão realizados
até 2014 para a aquisição de
máquinas, adoção de novas
tecnologias e ampliação da
capacidade de produção.
Hoje, as duas fábricas da
companhia no país, em Santo André, na Grande São Paulo, e Camaçari, na Bahia, produzem juntas 40 mil pneus
por dia. "Vamos elevar a capacidade produtiva em
30%", diz Gomez.
O foco é a fabricação de
pneus para caminhões, máquinas agrícolas e automóveis de alto desempenho.
Atualmente, 75% do faturamento, de US$ 900 milhões (R$ 1,5 bilhão) em
2009, vem do mercado doméstico. A intenção é aumentar a participação das
vendas locais para 85%.
Hoje, os países da América
do Sul e os EUA são os principais destinos internacionais.
Aliada à ampliação da produção, a Bridgestone vai aumentar a rede de revendedores de pneus para automóveis, que hoje é de 500 lojas.
"Os centros dedicados às
vendas e aos serviços para
veículos pesados, que hoje
somam 118 lojas, devem ser
triplicados no período", diz.
IMPORTÂNCIA REGIONAL
Os investimentos refletem
também a importância que o
Brasil está ganhando perante
as operações globais. A primeira iniciativa nessa direção foi tomada com a transferência do escritório regional
dos EUA para São Paulo.
No ano passado, ela faturou globalmente US$ 28 bilhões, queda de 19% ante
2008. As Américas representam 43% das vendas, seguidas por Japão e Europa.
No mundo, a companhia
tem cerca de 16% de participação de mercado.
Essa fatia é similar ao mercado brasileiro, onde é a terceira colocada, atrás da Pirel-li e da Goodyear. A Bridgestone espera crescer 40% em faturamento no país, atingindo
US$ 1,25 bilhão no ano.
A empresa, que deixa de
ser a fornecedora de pneus
da Fórmula 1 em 2010, também distribuirá seus recursos antes destinados à competição -cerca de US$ 100
milhões ao ano- entre suas
subsidiárias no mundo.
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