São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010

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Bridgestone investe US$ 250 mi no país

Gigante japonesa vai priorizar pneus para caminhões e máquinas agrícolas em suas unidades em SP e na BA

Projeto é aumentar em 30% a produção de 40 mil pneus ao dia; centro regional passou dos EUA para o Brasil

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Empenhada em aproveitar o crescimento previsto para o mercado brasileiro de automóveis e caminhões, a fabricante japonesa Bridgestone investirá US$ 250 milhões (R$ 428 milhões) na ampliação da produção de suas duas fábricas no país.
Segundo Humberto Gomez, presidente das operações brasileira e latina, os investimentos serão realizados até 2014 para a aquisição de máquinas, adoção de novas tecnologias e ampliação da capacidade de produção.
Hoje, as duas fábricas da companhia no país, em Santo André, na Grande São Paulo, e Camaçari, na Bahia, produzem juntas 40 mil pneus por dia. "Vamos elevar a capacidade produtiva em 30%", diz Gomez.
O foco é a fabricação de pneus para caminhões, máquinas agrícolas e automóveis de alto desempenho.
Atualmente, 75% do faturamento, de US$ 900 milhões (R$ 1,5 bilhão) em 2009, vem do mercado doméstico. A intenção é aumentar a participação das vendas locais para 85%.
Hoje, os países da América do Sul e os EUA são os principais destinos internacionais.
Aliada à ampliação da produção, a Bridgestone vai aumentar a rede de revendedores de pneus para automóveis, que hoje é de 500 lojas.
"Os centros dedicados às vendas e aos serviços para veículos pesados, que hoje somam 118 lojas, devem ser triplicados no período", diz.

IMPORTÂNCIA REGIONAL
Os investimentos refletem também a importância que o Brasil está ganhando perante as operações globais. A primeira iniciativa nessa direção foi tomada com a transferência do escritório regional dos EUA para São Paulo.
No ano passado, ela faturou globalmente US$ 28 bilhões, queda de 19% ante 2008. As Américas representam 43% das vendas, seguidas por Japão e Europa.
No mundo, a companhia tem cerca de 16% de participação de mercado.
Essa fatia é similar ao mercado brasileiro, onde é a terceira colocada, atrás da Pirel-li e da Goodyear. A Bridgestone espera crescer 40% em faturamento no país, atingindo US$ 1,25 bilhão no ano.
A empresa, que deixa de ser a fornecedora de pneus da Fórmula 1 em 2010, também distribuirá seus recursos antes destinados à competição -cerca de US$ 100 milhões ao ano- entre suas subsidiárias no mundo.


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