São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011

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Início da extração de tálio pode levar anos

Licenciamento ambiental, audiência pública e plano econômico são exigências para a exploração do mineral

Material é utilizado para a transmissão de eletricidade a longa distância, em exames e sensor infravermelho

DE BRASÍLIA

O DNPM (Departamento Nacional de Pesquisa Mineral) vai vistoriar até julho a jazida de tálio da empresa Itaoeste, do empresário Olacyr de Moraes.
Segundo o superintendente da instituição na Bahia, Teobaldo Oliveira Júnior, essa vistoria permitirá avaliar o volume da reserva.
Para a empresa conseguir a licença para lavra, deverá apresentar um plano de aproveitamento econômico.
Haverá rodadas de audiência pública na região, entre outras exigências, que devem empurrar o início da exploração para daqui a uns dois anos, avalia Oliveira.
Por se tratar de um elemento tóxico e supostamente cancerígeno, cuja exploração pode contaminar a água e o solo da região da jazida, há chances de a empresa encontrar dificuldade para licenciamento ambiental.
O tálio é usado na produção e pesquisa de supercondutores de alta temperatura, que permitem a transmissão de eletricidade a longas distâncias com poucas perdas.
O mineral tem também propriedades termelétricas: consegue transformar diretamente calor em eletricidade.
Dispositivos como motores e chips de computador desperdiçam a energia gerada por seu funcionamento na forma de calor, o que pode ser solucionado com o uso de materiais como o tálio.
Ele é usado também como contraste em exames médicos e em sensores de infravermelho.(SOFIA FERNANDES)


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