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commodities
Celulose terá investimento de US$ 20 bi
Esse é o montante previsto pelo setor para expansão da capacidade industrial e da base florestal no país até 2017
Três fábricas estão em construção em três Estados e têm início
de operação previsto
entre 2012 e 2014
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
O Brasil passa por um novo ciclo de investimentos na
produção de celulose, com a
previsão de aplicação de
aproximadamente US$ 20 bilhões até 2017.
Esse montante, estimado
pela Associação Brasileira de
Celulose e Papel (Bracelpa),
será aplicado em expansão
da capacidade industrial e na
base florestal no país.
Em 2017 termina o ciclo de
crescimento dos eucaliptos
que estão sendo plantados
neste ano.
Um cenário de demanda
crescente pelo principal insumo utilizado na produção
de papel e um ambiente propício para a produção de celulose de fibra curta estimulam os investimentos.
"A demanda por papel
ainda está crescendo e temos
um número limitado de novos projetos", afirma o diretor de Relações com Investidores da Suzano Papel e Celulose, André Dorf.
De olho nesse potencial, a
empresa busca praticamente
dobrar de tamanho nos próximos quatro anos, atingindo uma capacidade instalada de 7,2 milhões de toneladas por ano.
NOVAS FÁBRICAS
A Suzano trabalha em
duas novas fábricas de celulose, localizadas no Maranhão e no Piauí, que devem
entrar em operação em 2013 e
2014, respectivamente. Cada
uma adicionará capacidade
instalada de 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano.
A companhia planeja ainda a construção de uma terceira unidade do mesmo porte e a expansão da fábrica já
existente em Mucuri (BA).
"Temos confiança total em
nossa competitividade em
relação à produção no hemisfério norte", diz Dorf. As
novas unidades serão voltadas ao mercado externo.
Também com foco em exportação nasce a Eldorado
Brasil, com capacidade de 1,5
milhão de toneladas de celulose por ano, que será construída em Três Lagoas (MS).
A região já tem a presença
da Fibria, empresa resultante
da fusão entre Aracruz e VCP.
O investimento na fábrica,
que deve iniciar as atividades
em 2012, é estimado em R$
4,8 bilhões. "O começo de
produção vai coincidir com
uma janela muito interessante na relação entre oferta e
demanda", diz o diretor comercial, Sérgio Almeida.
Além das novas unidades
brasileiras, há apenas um
projeto de grande porte que
deve entrar em operação nos
próximos anos no mundo:
uma fábrica da chinesa Rizhao, com capacidade para
produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano.
A elevada competitividade
do Brasil no setor, devido à
maior disponibilidade de terras, água e solo favorável ao
plantio de eucalipto, também atrai o interesse de empresas estrangeiras.
No ano passado, a chilena
CMPC adquiriu uma fábrica
de celulose e outra de papel
da Aracruz em Guaíba (RS).
A sueco-finlandesa Stora
Enso é parceira da Fibria na
Veracel, em Eunápolis (BA),
e teria interesse em construir
uma unidade, em nova parceria ou não, no Sul do país.
"Os estrangeiros estão
olhando para o Brasil. A
maior parte da oferta adicional prevista para os próximos anos virá do país. Temos
baixo custo de produção",
diz Bruno Rezende, analista
da Tendências Consultoria.
Enquanto no Brasil o corte
do eucalipto ocorre sete anos
após o plantio, na Europa esse processo demora, pelo menos, 25 anos.
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