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CVM apura indício de vazamento em operação de teles
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
Bancos e instituições do
mercado de capitais viram
indícios de vazamento de informação dos negócios envolvendo as teles brasileiras
e estrangeiras.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) afirmou que
acompanha a movimentação
dos papéis e analisa o caso.
Desde a sexta-feira, os volumes de negócios na
BM&FBovespa com as ações
da Oi e da Vivo saltaram dos
patamares habituais.
Na sexta, os negócios com
a ação mais negociada da Oi,
o papel PN (sem voto) da operadora, somavam R$ 16,777
milhões, segundo a consultoria Economática. Na segunda, essa ação girou
R$ 42,819 milhões, e, na terça, véspera do anúncio, bateram em R$ 52,499 milhões.
O mesmo aconteceu com
as ações ON (com voto) da Oi,
cujo volume subiu da sexta
para a terça de R$ 8,502 milhões para R$ 31,472 milhões.
Na Vivo, o giro de ações PN
passou de R$ 30,970 milhões
para R$ 46,928 milhões da
sexta para a terça.
"A CVM acompanha e analisa as informações e notícias
relativas às companhias
abertas, assim como a movimentação dos papéis dessas
empresas, e adota as medidas devidas quando necessário", disse a CVM, em nota.
RECEPÇÃO RUIM
Analistas do mercado de
capitais receberam ontem
com ceticismo o negócio envolvendo as teles, especialmente no caso da Oi.
As ações PN da Oi recuaram 15,99%, e as ON, 11,21%.
Já as ações PN da Vivo tiveram alta de 3,95%.
Na Europa, os papéis da
Portugal Telecom subiram
2,81%, e os da Telefónica de
España aumentaram 0,71%.
"O histórico da Oi recomenda um estudo aprofundado da operação. Há pontos
curiosos que precisam receber uma atenção detalhada",
disse Edison Garcia, superintendente da Amec (associação dos minoritários).
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