São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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Legislação barra evolução de ETF no país

DE SÃO PAULO

Conhecidos no Brasil como fundos de índices de ações, os ETFs (Exchanged Traded Funds) podem seguir também o desempenho de mercados como os de renda fixa, de commodities e de papéis de Bolsas estrangeiras.
Para isso, porém, falta adaptar algumas regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e também da Receita Federal.
O assunto é prioridade no mercado de capitais e virou tema de grupo de trabalho da Anbima (associação do mercado de capitais), que encaminhou documento com propostas para a CVM discutir internamente a revisão da regulamentação.
Na CVM o assunto é tratado por duas superintendências -de desenvolvimento de mercado e de fundos de investimento (investidores institucionais)- e conta ainda com a participação de técnicos da Receita Federal.
Antes de ser editada a revisão, a CVM deve colocar o assunto sob consulta pública.
Uma das propostas é permitir a criação, no Brasil, de ETFs que invistam em reais em ETFs estrangeiros, que seguem, por exemplo, índices da Bolsa de Nova York como o S&P 500, entre outros.
Na avaliação do mercado, será mais fácil os reguladores brasileiros liberarem os negócios com fundos constituídos no Brasil que compram diretamente os papéis estrangeiros -e não ETFs de altíssima liquidez, custo baixo e que já fazem isso no exterior.
No caso de ETFs de renda fixa, o maior entrave é o chamado come-cotas, procedimento em que os gestores recolhem semestralmente o Imposto de Renda devido reduzindo a quantidade de cotas do investidor.
Como são negociados diretamente na Bolsa, assim como as ações, não há uma forma de reduzir as cotas de cada investidor.
A BM&FBovespa trabalha na criação de um sistema eletrônico que faça o recolhimento periódico do Imposto de Renda direto do cotista, sem alterar a negociação dos fundos no pregão eletrônico.


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