São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2010

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Lucro do Santander Brasil cresce quase 40% no ano

Com resultado, operações no país ganham destaque no balanço mundial

Crédito e queda na inadimplência ajudam resultado no trimestre, que cresceu 31,4%, para R$ 1,935 bilhão

GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

O Santander Brasil registrou um crescimento no lucro líquido de 39,5% nos nove primeiros meses do ano (chegou a R$ 5,464 bilhões), garantindo uma maior participação no resultado total do banco espanhol.
A fatia das operações no resultado do grupo Santander cresceu para 25% neste ano, ante 20% no período de janeiro a setembro de 2009. E, de acordo com o vice-presidente executivo de Finanças do Santander Brasil, Carlos Galán, pode crescer ainda mais nos próximos meses.
"O crescimento do Brasil dentro do grupo é natural", afirmou, em teleconferência com jornalistas. Segundo ele, o banco espera que o Brasil e a América Latina sejam as principais alavancas de crescimento, já que as perspectivas para suas economias são melhores que as para mercados maduros, como Europa e Estados Unidos.
"Não esperamos que as economias maduras tenham uma reaceleração expressiva e, sim, uma melhora moderada em 2012", disse.
O lucro líquido do grupo Santander, considerando as operações ao redor do mundo, caiu 9,8% até setembro, depois de um impacto negativo de 472 milhões (US$ 652 milhões) gerado por provisões -causado por mudança de lei promovida pelo Banco Central da Espanha.

TRIMESTRE
O Santander Brasil informou ontem que, apenas no terceiro trimestre, registrou lucro líquido de R$ 1,935 bilhão, 31,4% a mais que no mesmo período de 2009.
Os dados estão ajustados às normas contábeis internacionais da IFRS (International Financial Reporting Standard).
A tendência de crescimento das operações de crédito com o cenário econômico positivo, acompanhada de um movimento consistente de queda da inadimplência, ajudou no resultado.
Além disso, os ganhos de sinergia com a integração das operações das marcas Santander e Real -que somam R$ 1,545 bilhão até setembro- equilibraram o crescimento das despesas, decorrente do aumento das operações, contribuindo também para o resultado acima do registrado em 2009.
As operações de crédito do banco cresceram 16,8% entre o terceiro trimestre de 2009 e o mesmo período de 2010, considerando os padrões contábeis brasileiros (BR Gaap). Assim, a carteira total chegou a R$ 159,085 bilhões ao fim de setembro.
O destaque no período foram os empréstimos direcionados às pequenas e médias empresas, que cresceram 14,7% em 12 meses.
A carteira para as pessoas físicas cresceu 14,2% no mesmo período, impulsionada pelo crédito consignado- com desconto em folha-, que teve alta de 40,8%, pelo crédito imobiliário (30,7%) e pelo cartão de crédito (26%).
Para 2011, Galán afirmou que as projeções para o crescimento do crédito ficam em linha com as divulgadas pela Febraban, de 19%.
A inadimplência acima de 90 dias caiu pelo quarto trimestre, para 4,2%, ante 4,7% ao final do segundo trimestre e 6,5% há um ano.
A queda possibilitou uma redução no total de provisões para crédito de liquidação duvidosa, que somou R$ 1,866 bilhões no trimestre, redução de 22,3% ante 2009.


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