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Lucro do Santander Brasil cresce quase 40% no ano
Com resultado, operações no país ganham destaque no balanço mundial
Crédito e queda na inadimplência ajudam resultado no trimestre, que cresceu 31,4%,
para R$ 1,935 bilhão
GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO
O Santander Brasil registrou um crescimento no lucro
líquido de 39,5% nos nove
primeiros meses do ano (chegou a R$ 5,464 bilhões), garantindo uma maior participação no resultado total do
banco espanhol.
A fatia das operações no
resultado do grupo Santander cresceu para 25% neste
ano, ante 20% no período de
janeiro a setembro de 2009.
E, de acordo com o vice-presidente executivo de Finanças do Santander Brasil, Carlos Galán, pode crescer ainda
mais nos próximos meses.
"O crescimento do Brasil
dentro do grupo é natural",
afirmou, em teleconferência
com jornalistas. Segundo
ele, o banco espera que o Brasil e a América Latina sejam
as principais alavancas de
crescimento, já que as perspectivas para suas economias são melhores que as para mercados maduros, como
Europa e Estados Unidos.
"Não esperamos que as
economias maduras tenham
uma reaceleração expressiva
e, sim, uma melhora moderada em 2012", disse.
O lucro líquido do grupo
Santander, considerando as
operações ao redor do mundo, caiu 9,8% até setembro,
depois de um impacto negativo de 472 milhões
(US$ 652 milhões) gerado por
provisões -causado por mudança de lei promovida pelo
Banco Central da Espanha.
TRIMESTRE
O Santander Brasil informou ontem que, apenas no
terceiro trimestre, registrou
lucro líquido de R$ 1,935 bilhão, 31,4% a mais que no
mesmo período de 2009.
Os dados estão ajustados
às normas contábeis internacionais da IFRS (International Financial Reporting
Standard).
A tendência de crescimento das operações de crédito
com o cenário econômico positivo, acompanhada de um
movimento consistente de
queda da inadimplência,
ajudou no resultado.
Além disso, os ganhos de
sinergia com a integração
das operações das marcas
Santander e Real -que somam R$ 1,545 bilhão até setembro- equilibraram o
crescimento das despesas,
decorrente do aumento das
operações, contribuindo
também para o resultado acima do registrado em 2009.
As operações de crédito do
banco cresceram 16,8% entre
o terceiro trimestre de 2009 e
o mesmo período de 2010,
considerando os padrões
contábeis brasileiros (BR
Gaap). Assim, a carteira total
chegou a R$ 159,085 bilhões
ao fim de setembro.
O destaque no período foram os empréstimos direcionados às pequenas e médias
empresas, que cresceram
14,7% em 12 meses.
A carteira para as pessoas
físicas cresceu 14,2% no mesmo período, impulsionada
pelo crédito consignado-
com desconto em folha-,
que teve alta de 40,8%, pelo
crédito imobiliário (30,7%) e
pelo cartão de crédito (26%).
Para 2011, Galán afirmou
que as projeções para o crescimento do crédito ficam em
linha com as divulgadas pela
Febraban, de 19%.
A inadimplência acima de
90 dias caiu pelo quarto trimestre, para 4,2%, ante 4,7%
ao final do segundo trimestre
e 6,5% há um ano.
A queda possibilitou uma
redução no total de provisões
para crédito de liquidação
duvidosa, que somou R$
1,866 bilhões no trimestre,
redução de 22,3% ante 2009.
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