São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Termina protesto na usina de Belo Monte Manifestantes que haviam invadido canteiro da hidrelétrica no Pará deixam local em cumprimento a ordem judicial Grupo era formado por índios, pescadores e moradores da região, que exigiam a paralisação das obras AGUIRRE TALENTO DE BELÉM Manifestantes que invadiram o canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu (a 945 km de Belém, oeste do Pará), foram retirados do local ainda na noite da quinta-feira, em cumprimento a uma ordem judicial. Eles haviam entrado anteontem no canteiro de obras e bloqueado a rodovia Transamazônica na altura do km 52. O grupo é formado por índios, pescadores e moradores da região, que exigiam a paralisação das obras da usina. À noite, havia aproximadamente 400 pessoas no local. Ainda anteontem, porém, a juíza Cristina Collyer Damásio, da 4ª Vara Cível de Altamira (a 900 km de Belém), concedeu decisão liminar determinando a saída dos manifestantes do canteiro de obras, sob pena de multa diária de R$ 500 a cada um. Por volta das 19h, a Polícia Militar cumpriu a ordem de reintegração de posse e os manifestantes se retiraram sem resistência. Eles se mantiveram inicialmente na Transamazônica, mas resolveram retornar a Altamira ao perceber que não estavam preparados para passar a noite na rodovia. As obras no canteiro foram retomadas normalmente ontem, após terem sido interrompidas durante todo o dia de ontem. EXPLICAÇÃO Os índios caiapós, que participaram da invasão ao canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, pedem que o governo federal explique como a usina os afetará. Eles afirmam que continuarão a cobrar um posicionamento do governo. "Queremos que eles passem informações sobre a usina. Como é que os índios vão criar os filhos e netos? Não recebemos nenhuma informação", questiona o cacique Beti Caiapó, um dos líderes do grupo que esteve em Altamira nesta semana. Beti Caiapó reclama que os índios não foram ouvidos para a construção da usina. "Quem fez esses projetos? Nunca consultaram os indígenas." Texto Anterior: Outro lado: Microlins nega que tenha violado direito autoral Próximo Texto: Santo Antônio: Manifestação paralisa usina em RO Índice | Comunicar Erros

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