São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Queda na oferta eleva preço do feijão no campo Após um período de baixa, o feijão voltou a ser lucrativo para os produtores que ainda detêm o produto para comercializar. O mercado vive um período de vazio entre a primeira e a segunda safras, o que provocou a redução na oferta de feijão de melhor qualidade. "Há ofertas pontuais de produto em apenas algumas regiões", diz o analista Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, de Curitiba (PR). Ele inclui entre essas regiões áreas próximas a Brasília e em Minas Gerais. Produtores do Paraná e de Santa Catarina, que estão terminando a primeira safra, ainda colocam um pouco do produto no mercado, segundo Brandalizze. A redução da oferta de feijão pelos produtores ocorre em um período de reposição de estoques pelo varejo, o que deve empurrar ainda mais os preços para cima, na avaliação de Brandalizze. Primeiro virá a pressão de alta no campo, mas, a partir da segunda quinzena do próximo mês, os consumidores também vão começar a sentir esse aumento, segundo o analista. A oferta de feijão só aumentará no final de abril e começo de maio. Até lá, os preços vão continuar reagindo no campo. Pesquisa diária de preços da Folha registrou até R$ 120 por saca para o produto de melhor qualidade. Com isso, o feijão acumula alta de 80% nas últimas semanas. Essa reação dos preços do feijão é importante porque os produtores vinham recebendo valores inferiores aos do mínimo estipulado pelo governo. Em janeiro, a saca era negociada entre R$ 55 e R$ 65, segundo Brandalizze. Em fevereiro, os negócios giraram entre R$ 70 e R$ 75 por saca. Com os preços atuais, os produtores que têm produtividade média -40 sacas por hectare- já começam a obter remuneração. Os preços mínimos estipulados pelo governo estão em R$ 80 por saca. Apesar da alta Mesmo com a alta dos preços do álcool, o açúcar remunera mais do que o combustível. O Cepea indica que, na semana passada, o açúcar cristal remunerava 8% mais as usinas do que o álcool anidro e 21% mais do que o hidratado. Nova queda O álcool muda de tendência. O produto registrou a quarta queda nos preços de referência apurados pelo Cepea. Ontem, em Paulínia (SP), o litro esteve a R$ 1,572, ante R$ 1,694 na quarta-feira passada. Subprodutos O segmento de subprodutos da indústria de proteínas animais cresce a reboque do aumento da produção de carnes. Segundo o Sincobesp (entidade do setor), o faturamento é de R$ 4 bilhões por ano. Crescimento O segmento de subprodutos continuará evoluindo porque o agronegócio está no trilho do crescimento. É o recado que o ex-ministro Roberto Rodrigues dará hoje em evento do setor em São Paulo. O que sobe O acompanhamento de preços do IEA (Instituto de Economia Agrícola) já aponta o feijão como o líder de alta no campo. A alta Os preços médios da terceira quadrissemana deste mês superaram em 30% os de há 30 dias. A laranja de mesa registra a segunda maior alta: 16%. Recuo O algodão caiu 1,3% ontem em Nova York. OLHO NO PREÇO COTAÇÕES Londres BRENT (Dólar por barril) 115,16 ZINCO (Dólar por tonelada) 2.317 Mercado Interno SOJA (Saca) R$ 43,46 MILHO (Saca) R$ 25,39 Com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Análise/Infraestrutura: Apagão portuário é ameaça ao crescimento do agronegócio Próximo Texto: FGV vê oportunidades para pequena empresa na Copa Índice | Comunicar Erros |
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