São Paulo, sábado, 30 de abril de 2011

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Venda de tablets no Brasil chega a 45 mil no 1º tri

Segundo estimativa da IDC, volume ainda é pequeno e mostra que o mercado do país ainda não amadureceu

Empresas apostam no segmento corporativo para impulsionar as vendas, como fez a Cisco, com o Cius


Alessandro Shinoda/Folhapress
Ricardo Ogata, gerente da Cisco, mostra tablet da empresa, que tem função de vídeo

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Apesar da euforia em torno dos tablets, o mercado brasileiro comprou, no primeiro trimestre, cerca de 45 mil aparelhos, segundo números preliminares da consultoria IDC Brasil antecipados à Folha.
O volume, de acordo com a consultoria, ainda é considerado baixo e mostra que o país ainda não amadureceu para os tablets, na avaliação de Luciano Crippa, gerente de pesquisas de computação pessoal da consultoria.
"O volume do primeiro trimestre de 2011 ainda é pequeno. Acreditamos que existe demanda maior para os aparelhos, o que devemos comprovar provavelmente na época do Natal. No momento, os brasileiros ainda estão tentando compreender suas aplicações", afirma.
No ano passado -quando a categoria foi impulsionada pelo lançamento do iPad-, o mercado brasileiro consumiu cerca de 100 mil máquinas, sendo 64 mil iPads.
A falta de amadurecimento do mercado para o produto não foi o único fator para o baixo volume de vendas.
Segundo a Folha apurou, o desabastecimento de tablets no Brasil no período contribuiu para que muitos varejistas encontrassem dificuldade em encontrar os aparelhos já à disposição para entrega.
Para a indústria, no entanto, há a percepção que o amadurecimento do mercado não vai demorar, especialmente entre os consumidores corporativos. Entre os fabricantes atraídos pelo filão estão principalmente HP, Cisco, Asus e BlackBerry, que criaram sistemas mais robustos para a aplicação corporativa.
Batizado de Cius, o tablet da Cisco traz tela de 7 polegadas, duas câmeras de alta resolução para videoconferência e software de segurança que permite a gestão remota das aplicações. O foco são companhias que já são clientes dos sistemas de telefonia.
"Temos hoje uma base de 250 mil telefones corporativos no país. Possivelmente boa parte dos clientes terá interesse em usar o tablet como uma ferramenta de videoconferência e que trafega dados seguros", afirma Rodrigo Abreu, presidente da companhia no país.
Ele diz que adoções massivas do tablet entre as empresas brasileiras acontecerão a partir do ano que vem.
"Esse vai ser o ano dos projetos-piloto, nenhuma empresa por prudência devem implantar projetos grandes, vão esperar ter todas as opções no mercado, principalmente aquelas que precisam integrar os tablets com suas aplicações corporativas."


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