São Paulo, segunda-feira, 30 de maio de 2011

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BÚSSOLA

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Para investir cerca de R$ 40 mil, qual é a melhor opção: ações ou fundos?

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL - Isso depende do que você deseja deste dinheiro. Não vale responder "ganhar o máximo possível". Você definiu o montante de R$ 40 mil.
Resta saber em quanto tempo pretende resgatar o valor investido, mais o eventual rendimento, e qual a finalidade deste investimento (comprar um carro, fazer uma viagem, dar entrada em um imóvel, etc.).
Você mencionou a compra de ações via carteira própria versus fundos de investimento (que estou entendendo que sejam também fundos de investimento em ações). Se o prazo para a aplicação for menor do que cinco anos, minha resposta é: nem um nem outro.
O investimento em ações requer prazos longos, acima de cinco anos, para que os riscos sejam mitigados. Se você pensou em prazos desta grandeza, então sua decisão fica por conta do conhecimento que tem sobre o assunto. Normalmente, as corretoras têm um relatório chamado "carteira recomendada", que costumam atualizar mensalmente.
Mesmo que você não conheça nada sobre o assunto, pode acompanhar esses relatórios e fazer as alterações (compra e venda de papéis) em sua carteira baseadas nas sugestões dos especialistas da corretora. Obrigatoriamente, estes analistas devem ter a certificação de CNPI (Certificado Nacional do Profissional de Investimento), o que está escrito no relatório.
Em hipótese alguma acompanhe sugestões dadas por quem não tem essa certificação. No caso dos fundos de investimento, eles podem ser distribuídos e vendidos tanto por bancos quanto por corretoras.
Antes de investir, você deve ler o estatuto e verificar se o fundo é ativo ou passivo, qual sua política de investimento, se toma riscos em derivativos, se é alavancado -podendo gerar prejuízo ao investidor-, entre outras informações.

RISCO BAIXO
Qual o investimento, de pouco risco, mais rentável?
P.C.S.

RESPOSTA - Só fazendo conta. A renda fixa -Tesouro Direto, CDBs, fundos DI e renda fixa, fundos de capital protegido, etc.- apresenta pouco risco, mas tem rentabilidade menor. E ela pode mudar substancialmente após o desconto de IOF e IR, além de taxas de administração ou eventuais punições por saque antecipado. Sendo assim, se seu prazo de retirada for muito curto (menor que seis meses) deve considerar também a poupança. Vale lembrar que, além do prazo, o montante investido também pode determinar taxas diferentes às aplicações.

BOLSA
Em 2008, investi quase em um fundo de ações, mas vi meu dinheiro derreter com a crise. Agora, mudei para outro fundo, mas o valor ainda está bem abaixo do inicial. O melhor é esquecer por enquanto, para não efetuar o prejuízo?
J.A.P., de Louveira, SP

RESPOSTA - Tenho certeza de que você conhece a máxima para ganhar dinheiro com ações: comprar na baixa e vender na alta. Infelizmente, você comprou na alta. Além disso, cometeu outro equívoco: colocou tudo que tinha em uma única modalidade de aplicação. Ao resgatar do primeiro fundo e investir em outro, na realidade, você já realizou prejuízo. Se esta aplicação será suficiente para repor os prejuízos do primeiro, ninguém pode saber. Sugiro que busque cursos de instituições idôneas, como o INI (Instituto Nacional de Investidores) ou outros para conhecer melhor o mercado.

EU INVISTO EM

"Meu pai cuida do meu dinheiro. Há um ano ele investe 90% do que eu ganho na Bolsa, em ações de empresas como Vale e Petrobras. Como moro com meus pais, posso arriscar mais"
Fran, meia júnior do Corinthians


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