São Paulo, sábado, 30 de julho de 2011

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Ouro e renda fixa lideram ranking em julho

Bolsa é a lanterna dos investimentos no mês, com desvalorização de 5,7%; dólar encerra período em baixa de 0,5%

Metal apresenta valorização de 9%, enquanto aplicações como CDBs e fundos DI pagam cerca de 1%

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Aplicações de renda fixa têm sido a melhor opção para o investidor neste ano, até o mês de julho, e tudo indica que devem continuar a ser pelo restante do semestre.
A inflação mostrou as garras no início de 2011, mas perdeu bastante vigor ao longo do segundo trimestre e chegou a julho com uma variação negativa de 0,12% e um salto de 3% nos sete meses.
Até mesmo a poupança ganhou visibilidade, apresentando um ganho de 0,6% no mês e de 4,2% no acumulado de janeiro a julho.
Melhor desempenho ainda tiveram produtos como o CDB, com uma rentabilidade média (bruta, sem desconta imposto) de 0,96% no mês e de 6,6% em 2011. Os fundos DI renderam 0,97% (bruto) no mês e 6,5% no ano.
Embora economistas vejam vários fatores de pressão para os próximos trimestres, é quase consensual que dificilmente a inflação deve repetir os repiques vistos na abertura do ano. A economia já mostra sinais esparsos de desaquecimento e deve refletir os efeitos do aperto nos juros promovido pelo BC.
E, embora o BC já tenha sinalizado que vai dar uma pausa no ciclo de altas, o nível atual das taxas de mercado ainda torna a renda fixa uma opção atraente.
"No curto prazo, acredito que a inflação até pode surpreender, mas, se olhar as outras alternativas, a renda fixa ainda continua a ser a mais preferível", diz Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi (associação das financeiras).
O quadro muda bastante no caso da renda variável. Analistas aconselham a Bolsa de Valores somente para o longo prazo e veem dificuldades para esse mercado no restante do semestre, devido ao quadro difícil das economias europeia e americana.
Julho refletiu à perfeição esses problemas: o Ibovespa, o principal índice de ações da Bolsa, recuou 5,7% no mês e 15% em sete meses.
O dólar, à força de novas intervenções do governo, cedeu 0,5% no mês e acumula queda de 6,7% neste ano.
Ainda no campo dos produtos de maior risco, o ouro foi a melhor opção: as cotações avançaram 9,3% em julho, transformando as perdas acumuladas até junho num ganho de 7,3% no período de sete meses.


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