São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 2011

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Suspensa propaganda que liga greve a aumento de impostos

Entidades empresariais contestam decisão da Justiça do Trabalho

RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ

A Justiça do Trabalho em Mato Grosso mandou suspender a veiculação de uma propaganda de TV que relacionava greves a aumentos de tarifas públicas e impostos. A decisão é liminar.
A campanha, financiada por entidades empresariais (entre elas, a Câmara de Dirigentes Lojistas e as federações da indústria e da agricultura), defendia que "greve custa caro" e que a população é quem "paga a diferença" após as paralisações.
A peça de 30 segundos mostrava imagens de uma greve de motoristas e cobradores de ônibus ocorrida em maio de 2009 e afirmava que, dois meses depois, ocorreu aumento na tarifa.
Os anúncios começaram a ser veiculados há dez dias. Entidades sindicais assinaram ofício conjunto à Procuradoria pedindo a suspensão. Em nota, o órgão disse ver na campanha "um ato antissindical e abuso de direito por parte dos anunciantes". "A campanha ataca diretamente o direito constitucional de greve assegurado aos trabalhadores brasileiros."
A ação civil pública pede também que as entidades financiadoras sejam condenadas a pagar R$ 10 milhões em danos morais coletivos.

OUTRO LADO
Jandir Milan, presidente da Fiemt (federação estadual das indústrias), e Jonas Alves, presidente da Facmat (federação das associações comerciais), disseram não ver ilegalidade. "Só quisemos esclarecer a população", disse Milan. Sobre a decisão judicial, Milan disse considerar "sem fundamento". "Nós vamos contestar", afirmou.


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